Tears in Rain

domingo, 13 de dezembro de 2009
E se o tempo estivesse acabando?
Se a pressão do mundo caísse sobre seus ombros, o fim se aproximasse e você quisesse mais?

Nostalgia do drama, de se deparar com a falta de soluções, com o início do fim, de olhar e encarar a própria mortalidade, cara a cara...
Nesses momentos alguns re-avaliam, as decisões que fizeram até agora e as que ainda podem fazer nos poucos minutos que sabem ter de vida, outros se acovardam, outros buscam um lugar querido, seguro; Se rodear de amigos, se afastar do mundo.

Talvez seja essa a pressão, a de saber que logo se vai e de se querer ficar, a tristeza de ver todas as suas memórias, todos os seus grandes momentos se esvaindo na cortina do tempo... como lágrimas durante a chuva.

Eu gostaria de poder, quando bem entender, saber meu fim, sem ter de eu mesmo forjá-lo.
Talvez aí eu desse o valor merecido às minhas memórias, desse valor para a minha imaginação, o poder universal da criação.

Me disseram por aí que só damos valor quando perdemos, mas acho que isso se deve ao fato que tememos sequer pensar na possibilidade de perder algo, quanto mais tentar experimentar dessa perda sem ao menos realizá-la.
Se bem que... a vida sem suas tragédias não teria tanta graça.

http://www.youtube.com/watch?v=a_saUN4j7Gw

To Love Somebody

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Você me conta das suas crenças, como todos devem ter controle sobre a própria vontade, sobre si mesmos, mas soa a mim como uma grande hipocrisia, dados os seus próprios sentimentos, sua falta de tato, de percepção.

Aconselhe aqueles que necessitam com palavras corretas, nao com opiniões adversas; afinal de contas, até mesmo a verdade tem seus momentos onde não se faz necessária, não?
Mas a solução continua sólida, parada no tempo naquele local bem ao fundo do coração, onde só compensa procurar por último.

É só seguir em frente...
Só deixar de lado seus desejos, suas vontades e assim, do nada, apagar e recomeçar.
Falta de consideração.

De quem se conforma, de quem não se importa em não fazer o que quer e ficar somente com o que pode.
Não sei se é medo ou ambição, que motiva a não querer desistir fácil assim, na cara da decepção.
Só não desejo repetir, mais uma vez, que ninguém é igual a você.

Toda mensagem sem destinatário precisa de um ponto final, uma mensagem de efeito, que construa, que quebre, que faça, que conserte.
Então voltemos a conversar, mas depois e só depois, de você descobrir como é amar alguém que não dá a mínima pra você.

http://www.youtube.com/watch?v=ykU8iSKkJR0

Balamb Garden

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Sino...
Um sino estranho, que não soa como sino e sim como um anjo, calmo, que vem consolar-me com seus pensamentos...
Onde o sol não é quente e a luz não atrapalha, um jardim em que mesmo durante uma guerra a paz reinaria.


Somente um pequeno vento, arrastando as poucas folhas do chão para que pudessem dizer que ali existia som;

Lembro-me da cafeteria, jovens e suas cartas, conversas jogadas fora e a fila para a cantina.
Mesas todas limpas e atendentes educadas, memórias que tem seu jeito de tenderem a um lado positivo.
Os corredores lisos, decorados, inspiravam uma sensação de paz e turbulência, era fechado e aberto, fosse na Sala de Treino, nos Dormitórios, no Corredor ou estacionamento, era em qualquer lugar ali que eu gostaria de estar.

Mas o que fazer quando nem ali se consegue adaptar? Quando não se tem lugar no céu... que fazemos?
Fosse a falta de amizades ou companhias que deixaram o garoto tão amargurado, frio e solitário, sua história não seria essa.
Fosse a decepção de ações erradas o que destruiu sua vontade, seu desejo de sequer discordar, os eventos não teriam tomado o rumo que tomaram.

Mas na noite do baile, foi ele quem rejeitou e foi rejeitado, odiando-se por ser tão fiel às expectativas por ele mesmo criadas, pelo seu único medo: a Decepção.

No fim da noite, lá estava ele, a contemplar as estrelas em seu pequeno quarto, tentando, mesmo no paraíso, viver isolado, só.
Para algumas pessoas não importa o local ou a multidão, nunca sentimos aquela sensação de grupo, sempre no isolamento, seja por opção ou obrigação, só junto de alguém que descobrimos nosso lugar.

Mas que atitude tomar? Ele havia tentado quase todas.
Não queria ir embora, mas queria achar seu lugar, onde se sentisse alguém ao invés de só mais um, onde pudesse ter seus amigos por perto todo o tempo, e que pudesse deixar de ser tão frio, calculista e inconsolável.

No fim... restou apenas o Sino e o jardim, pois ele não descobriu como resolver seu problema, até encontrar alguém que o ajudasse a descobrir uma resposta.
Eu me pergunto como seriam as coisas se ela tivesse deixado-o de lado, ao invés de o chamar pra dançar naquela única noite.

http://www.youtube.com/watch?v=SE4FuK4MHJs

The Logical Song

segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Nesses momentos, em que o mundo inteiro está dormindo;
Fico aqui sozinho, pensando nas inúmeras perguntas, que são até demais pra uma simples mente.

Questões existenciais, criminais, judiciais... ponderar o ponderável, vivendo de perguntas e não respostas, perseguindo o futuro no presente e vivendo o passado sempre que o chão desaba.

Não que não haja decepção, tristeza e glória, felicidade e irritação, em puros momentos de falha e tensão, quando amores se vão e amizades tem seu fim, resta-me só aqui ficar e viver por mim, aquele único que nunca saiu, nunca desistiu, por maior que fosse a vontade de dizer a verdade da minha vida para quem eu não queria que ouvisse.

São nesses momentos, do sono dos inocentes e culpados, que fico acordado, pedindo a ela, e somente a ela, que faça uma vez o meu absurdo pedido, e que me diga, só desta vez, quem sou eu.

Pessoas que me pedem uma assinatura, que censuram minha fala, me querendo um homem comum, um vegetal, inábil de se comunicar, sem vontade nem desejo de espalhar a sua visão, ser conhecido pelos poucos feitos, ou somente ser conhecido.

Desejo esse da reciprocidade do conhecimento, de ver os outros e ser visto sem olhar nos olhos, pois minha vergonha do mundo não me deixa fazê-lo;
Queria neste momento, ter em meus braços a dona dos olhos cor-de-mel, que vaga tão intensamente meus pensamentos mas que os trata com certo desdém, da maneira que qualquer pessoa que não se importe naturalmente os trataria.

É... nesses momentos eu vejo a lua, escuto o trovão e sinto o cheiro da chuva, sinais que o amanhecer virá logo e que mais um dia se passa, mais um dia e nenhuma resposta, não para o problema de minha vida: a solidão.


http://www.youtube.com/watch?v=f6FDvH0b7II

Goodbye?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Que começo melhor há, se não o fim?

Fim de um desejo, de um amor, de uma vontade.
Início de uma fúria, uma indignação, da realidade.

O solidário não quer solidão.
Não quer ser deixado de lado, não quer ficar parado, olhando os outros alcançarem seus sonhos.
O solidário quer atenção, palavra, pergunta, respeito, quer saber de quem importa tanto quanto quer falar dele pra quem ama.

O solidário quer presença, um pequeno contato.
Quer carinho, quer ficar junto, onlhando somente com sua visão danificada, o rosto tão angelical e tão promissor. Não quer pegar, nãoq uer ficar, há atração, mas há respeito, felicidade e, acima de tudo, confiança;

O solidário... quer uma chance, não obscura mas óbvia, ele quer... ser olhado agora ao invés de julgado pelo passado.

O solidário não quer ir embora, não quer ser estranho, mas sempre acaba sendo.
Aquele que levanta cedo, que agradece a estadia e que entende, que é como um Rei sem Trono, e que como um amante da manhã, tem que ir andando logo.

Mas ninguém quer dar adeus sem ter algo esperando ao horizonte, não há vontade que combata a solidão de um estranho viajante, e, mesmo assim, não se importam, dizem tchau e o esquecem tão rápidamente como se lembraram dele.

Nesse ato premeditado e, ao mesmo tempo, curioso, o estranho solidário assovia e tira seus pés do coração onde estava, saindo assim a buscar seu próprio paraíso, sem "Mary"s nem "Jane"s, só uma única pessoa, para amar e cuidar, sentir e querer, como assim quer, todo estranho,.

Um pouco de roupa e bastante atenção, é só o que se precisa para ter seus amigos ao seu lado.
Ou só o que Deveria precisar.

http://www.youtube.com/watch?v=dyyDyraBnOU

Kayleigh

domingo, 22 de novembro de 2009
Dia de tensão e decepção, enquanto estava a observar vidas alheias, encostado numa fria parede, esperando apenas alguém que disse estar lá... mas não estava.

Logo começava a garoar, uma chuva fina e calma, mas que prontamente afugentava todos os outros que estavam lá, em meio ao estacionamento agora vazio.
Enquanto cada um deles se apressava à entrar, eu ficava me perguntando se era diferente, por esperar, sem medo ou receio de me molhar, aquela que eu pensava gostar.

Talvez... ficando ali eu fosse notado, talvez ficando ali tudo fosse diferente.
Talvez tudo já não seja igual, muito menos normal. às vezes eu me pergunto o quanto da minha maneira de viver é somente algo tradicional, que eu faço pois penso estar de acordo com meus valores e quanto disso tudo não passa de uma falha tentativa de ser diferente, de chamar atenção.

Decepção... nunca com os outros, sempre comigo.
Pra alguém que acredita ter um certo controle sobre o destino, venho caindo em peças demais, seja com tempo gasto, pensando, esperando, articulando e realizando.

Será que vale a pena? Sacrificar-se pelos outros esperando um sacrifício de volta? Será que não é simplesmente melhor viver a minha vida e parar de me importar com outras pessoas?
Não é questão de olhar pra quem me dá atenção, e sim de achar quem queira me dar atenção, ao mesmo tanto quanto queira receber.

E agora resta somente o medo, de falar, conversar, pensar, de ligar e descobrir que tem outro remendando a nossa casa. Receio, medo, decepção, comigo que não fui mais inteligente, que denovo coloquei outra pessoa na frente do meu próprio desejo, e com você, que novamente não foi e não tinha que ser quem eu busco.

Ah, a vontade, de dar uma brusca reação, de apagar o passado e deixar tudo de lado, de trocar de pele com a facilidade de outros, de sair, ir embora e esquecer que todas essas pessoas existem.
Mas ao invés disso, permaneço aqui, buscando sentimentos grandes em coisas pequenas, momentos raros com pessoas que, infelizmente, não passarão de irreconhecíveis estranhos, para nunca mais serem vistos, ouvidos ou levados em conta.

Ao menos por mim.
Mas eles saem ganhando, sempre saem; O sono despreocupado do feliz integrante, desse grupo vasto de pessoas que nada a ver tem com a minha vida.

Cansei de procurar, de esperar que dessa vez seu seja também procurado, e mesmo assim, falta razão, motivo bom para tomar outra ação radical, e somente o ódio fica, o ódio de saber que em um, dois meses isso tudo vai se repetir.

Ê coração burro da porra.
http://www.youtube.com/watch?v=dphpDdfZUGw

30th Day Battle

sábado, 21 de novembro de 2009
30 Dias de espera, 100 de solidão, observando sob um arco de esperança o mar calmo e ainda tão agressivo, olhando o padrão irregular das ondas, que não pareciam vir nem ir, somente batalhavam contra o vento de forma violenta, erguendo as águas alto no céu, indicando a vinda de uma engrandeçedora presença.

Dente de crocodilo, cabeça de lagarto, saltavam da boca da enorme serpente junto de um líquido que não se identificava naquela tempestade.
O mar que outrora estava calmo rugia conforme o réptil grotesco se movimentava, adicionando ao seu barulho o temor dos homens em volta, presos na pequena embarcação, somente olhando e imaginando qual era o pobre alvo da serpente.

Eis que, tão repentina quanto sua companheira, sobe para a superfície outra aberração enorme:
Uma gigante tartaruga, seu casco repleto de espinhos, frutos da formação rochosa que aparentava ser uma pequena ilha.
Os homens começavam a rezar, ajoelhados e com olhos fechados, suas mãos grudadas ao peito, uns pedindo calma, outros redenção; o futuro incerto daqueles poucos marinheiros, num mar infurecido, dançando ao som do confronto de dois gigantes.

O vento cortava o lugar, ao que ambos os monstros submergiam, a calmaria por todo se dissipava, o medo tomava conta do coração de cada um ali, temendo o que viria à subir.
Num único momento o susto foi contido, grito preso na alma, ao ouvir, um por um, os ruídos, o barulho agudo e alto, a cabeça da serpente que era ejetada do oceano, deixando uma vermelha trilha de sangue e o enorme corpo serpentesco que agora boiava no mar.

Todos atentos mas ainda em choque, a observar a ilhota, em busca da tartaruga enquanto a pequena embarcação por si só tentava sobreviver à tempestade.

5 dias de pavor resultaram em nada, nenhuma visão sequer da tartaruga e nem mesmo a calmaria voltou, nem quando o céu clareou e eles viam seu tão esperado destino.

E assim começava, a Jornada ao Centro da Terra.
http://www.youtube.com/watch?v=vGHUPz2TpRo

Fumo

quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Frio... frio sereno, 16º Celsius.
Mas eu não sinto, está perfeito dessa forma, frio, nada convidativo, bom para o repouso, o sono, a solidão, bom para pensar.
Agora começa a ficar interessante, justo pela perda de interesse, o conjunto, o clima, uudo vai morrendo numa curva de crescimento exponencial, onde a falha determina o começo do fim.
Existe a felicidade de um dos lados, em saber que não mais precisa se esforçar, tentar algo que por anos não funcionou comigo.
Por outro, é a morte da esperança, da chance, nascimento da amargura, da maldade, resurgimento da fúria, da raiva, sentimentos "escondidos" atrás de um véu de mentiras feito com o maitor cuidado que pude ter.

"Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro", e não tem como evitar, deixar o pensamento fluir, voar, e acabar voltando a um certo alguém, uma pessoa sempre diferente que causa o mesmo sentimento, a mesma sensação, da solidão.

E de repente, a cor se esvai, volta o mundo ao tom de cinza tão melancólico, simples e real, cor da rotina, da falta de individualidade e do retorno da depressão.
É muito fácil pensar, que pra colorir o mundo só é necessária a iniciativa,. De fato, só isso mesmo, iniciativa, vontade, alegria , só isso que uma pessoa precisa pra começar a colorir seu mundinho, uma parcela de dedicação e uma pequenina quantidade de paciência.

Pouco uso para um sorriso em tempos difíceis, para o sentimentalismo e para a introspecção, quando não há o desejo, o interesse.
Talvez "fazer birra" esteja longe de ser a correta solução, mas correr atrás não funciona, ao contrário, irrita, machuca, joga tempo fora com mentiras e verdades, algumas que não gostaríamos, outras que não acreditamos e a maioria que não desejamos.

Estou em falta, de vontade, paciência, alegria; Cansei e quero que a solução que tanto deseja pare de ser vista com tanta negatividade pelo mundo. Não é de hoje, não é de agora nem do momento, é coisa pensada, repensada e maquinada, solução ao problema e resposta de uma dúvida que tive por toda a vida.

Sem moralismo, sem pensar em terceiros, só para descobrir o porquê, o miserável porquê, a estúpida causa, o ridículo motivo e a doentia razão, de forçar um coração a desobedecer a mente, e procurar ser prioridade pra diferentes pessoas que, ao longo dos anos, só me trataram como remota opção.

Chega.
De amizades, de defeitos, qualidades.
Chega de dar atenção, dedicação, de justificar revolta, de preocupação.
Chega de interesse, chega de vontade, chega de conveniência, chega de dizer a verdade.
Sem rastros de esperança, de felicidade, Sem Drama.

Mais um "último momento", de mãos gélidas que mal sentem, olhos secos mas cheios de lágrimas, que nada reste e nada fique, história esquecida e apagada.
Só um sorriso bobo e sincero, de uma vida vazia e sozinha, nada mais propício a um observador.

"você sempre soube..."

http://www.youtube.com/watch?v=_ukCtEpJk8c&feature=PlayList&p=482D25D7E1FE2223&

Castlevania: Lost Painting

domingo, 11 de outubro de 2009
Por baixo das luzes foscas e amareladas, revelando somente um pequeno pedaço do hall destruído à sua frente, jazia o dono de um rosto quase pálido, branco tal qual o brilho da lua e brilhante como a sua própria vontade;

Prosseguia, andando tão calmo que seus olhos sequer abriam para observar o caminho;
Ignorava as paredes decoradas e toda a estrutura que, mesmo num subterrâneo era esplêndida, trabalho feito e detalhado à mão por nada mais que horas e horas de magia negra.

Logo sentia uma súbita mudança no ar, a umidez se alastrava ao fim da sala quebrada, sentia no ambiente formações rochosas, uma real caverna, completa com estalagmites das quais pingavam poucas gotas de água cristalina, refletindo a imagem de seu branco rosto desinteressado porém determinado.

Neste momento cada passo era diferente, ecoava pela caverna o barulho de sua bota tocando fortemente o chão rochoso e pouco regular; ouvia-se os sons de um verdadeiro pântano, morcegos fazendo barulho, sapos coaxando e insetos pequeninos por toda parte, sua presença não comandava mas se impunha perante as forças do lugar, que pareciam querer dar passagem ao visitante, sequer tentandoo impedí-lo de chegar ao seu tão esperado destino.

Conforme explorava a caverna, não deixava de notar seu azulado brilho natural, a maneira como iluminação era desnecessária e até mesmo um lugar tão "natural" e poderoso não perdia seu ar de realeza, mesmo sendo esse agora um ar úmido e pesado, que anunciava a quantidade imensa de água presente.
Chegava a uma cachoeira, quase artificial mas ainda assim corrente dentro daquela enorme pedra azul, suas águas brilhosas eram diferentes, possuíam um odor nocivo, quase como o de um gás ácido, que atacava as narinas mesmo sem deixar marcas.

Aquela tão bela água era para sua pele o que fogo seria para um humano qualquer e, até mesmo ele, não ousaria desafiar uma fraqueza tão poderosa.

Buscava uma maneira de atravessar a cachoeira, chegar mais ao fundo da caverna pois seu destino se encontra abaixo deste subterrâneo, onde a noite não alcançava seu ser, nas Catacumbas.
Tentou e tentou atravessar aquele lugar, sem nunca tocar no líquido, apenas observando como faria para passar pela água com a maestria e presença que tinha trazido-o até este ponto; Avisado por um negro morcego, o visitante desistiu pelo breve momento e seguiu o curso do rio, tomando conta para que não fosse atrapalhado por criaturas indesejáveis;

Havia sido uma longa jornada até então, com obstáculos beirando o imaginável e extrapolando o concebível, mas seu propósito era chegar ao fundo deste dilema, descobrir a fonte de todo o problema e resolvê-lo num ano anormal que não acontecera de acordo com a lei dos 100 anos.

http://www.youtube.com/watch?v=4wwpof1o2_Y&feature=related

Whirlwind

quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Ventania.
Apaga rastros antigos, marcas do passado. Joga pra longe o bem e o mal de quem já fez ou pensou em fazer, acalma e machuca a pele, aquieta e acorda ódio antigo do passado.

Em meio ao azul jaz o branco, sereno e hostil de uma maneira toda única, exclusiva do seu ser que caminha rápido em pequenos passos, deixando uma pequena trilha vermelha no azul que corta graciosamente.
Inalterado, inafetado no seu ápice de concentração, até mesmo a sombra desse tom de branco não tem forma, a ventania é sua sombra e seu guia, mesmo que não passe de um subordinado.

Embora todo o branco um dia perca sua tão chamada cor, o vermelho, azul e a ventania são constantes, prontos para acompanhar o próximo tom de branco na sua trilha...
Talvez este branco seja marfim, talvez granito, sua consistência comum não condiz com seu estado inabalável, confusa cria que não modifica nem se adapta, sobrevivendo em seu estado absoluto e irreal, invisível.

Coadjuvantes à tudo que os rodeiam, ficam a admirar, procurar este tal branco que tanto ouvem falar; É uma fútil busca a um fútil objeto, criatura vinda da imaginação e fruto de um trabalho que só se conceitua como surreal.

Mas qual objetivo é mais nobre que não a busca?

http://www.youtube.com/watch?v=PPeBMGSTCk0

Folklore: Addendum.

terça-feira, 6 de outubro de 2009
Belgae

Scarecrow

Folklore: To the Unknown World ~ 2

quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Despediam-se ali dois recém-conhecidos, o homem que não possuia rosto, somente um contorno delineado pelas peças que usava, uma máscara, um recatado chapéu, seu casaco e sapatos, parecia um nobre que até mesmo bengala utilizava enquanto o repórter, com uma aparência fria e calculista, como se enxergasse o mundo de uma forma única por trás das lentes brilhantes de seu óculos, trajava um casaco mais longo, com um colete e uma camisa por baixo, equivalente a um escritor de tempos passados, usando roupas discretas e únicas.

Levava consigo o pingente ao que o mascarado desaparecia, evaporava; e seguia para encontrar a garota, dizendo para si que ela era um pedaço maior desse quebra-cabeças do que inicialmente aparentava.
-
Logo que chegara no campo, a menina podia sentir um certo frio, mesmo com suas blusas e jaquetas, essa aura gélida tornava a circulá-la, causando-lhe calafrios, sonolência e certo medo, talvez pelo macabro da situação, pela morte que acontecera mais cedo.
De dentro da escuridão seu ouvido captou uma única voz, uma única palavra que a fez arregalar os olhos de surpresa...
"Ellen"
O som tomava conta de seus ouvidos, ao que, tremendo, a garota virava-se para a escuridão do campo, agora iluminada por um sorriso amarelado, digno de abóboras neste mês especial do ano, embora seus dentes fossem todos de madeira.

Seu medo desaparecia, mesmo que ela desconhecesse o motivo. Avistando a criatura que se aproximava de uma forma peculiar, saltitando em um pé só, sua outra perna ficava, a todo tempo, cruzada, como um "4"; Carregava em sua mão uma pequena lanterna, acesa mas de um brilho fosco e incomparável ao que seu rosto emitia.

Uma forma de total escuridão, feita de palha negra, com um sorriso e olhos esculpidos num verde ressaltavam a impressão daquela figura, trajando roupas simples, referia a si mesmo como o Espantalho, coisa que de fato muito parecia, um espantalho negro e risonho, com o comportamento de um bobo da corte.

Se aproximava da garota como um longo conhecido e. enquanto as palavras ficavam engasgadas, sem saber o caminho para poder perguntar como ele sabia aquele nome, o Espantalho reafirmava sua intenção, dizendo muito que a garota pouco sabia.

Teve dela a confiança ao que entregou-lhe um precioso bem: tirou do saquinho que levava preso à cintura um colar que ela teve somente no fundo de sua confusa cabeça, mas que jurava ser de sua mãe.
O Espantalho a avisava que o colar era a chave para o começo enquanto a garota brilhava seus olhos com receio e esperança, sabendo que estava cada vez mais próxima de descobrir aonde estava sua mãe.

~Continua :3

Guerreiro Menino

quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Aberto à quem quisesse ver, estavam meus pensamentos; espalhados por todo o local no momento em que tive de encara minhas próprias desilusões, quebrar um espelho de mentiras erguido pelo meu consciente em primeiro lugar.

Olhava-a nos olhos, com uma lágrima somente implicita no momento em que a deixei, sentindo uma vontade de chorar que desconhecia ser somente de minha parte.
Não franzi o rosto, não poderia me deixar cair de joelhos a hora que bem quisesse; Talvez mais tarde eu pudesse dar tempo para fazê-lo, agora era meu dever montar um sorriso no rosto e continuar meu dia, apreciar qualquer ínfima felicidade que ainda pudesse encontrar, na música, na aleatoriedade dos eventos que viriam à seguir.

Naquele momento me neguei essa fraqueza, mesmo que segurá-la por completo fosse um esforço em vão, promeit tanto à mim quanto a ela, em diversoso momentos, que seria forte, e fico feliz por poder honrar essa promessa que venho repetindo a anos.
Dizem que o homem deve ser uma muralha, intransponível para boa parte dos males em boa parte dos minutos de um dia cheio; e com orgulho tento manter esse dizer uma verdade, não universal, mas pelo menos em meu caso.

Não esquecerei tão cedo, seu nome, sua bondade, seu sorriso, minha vontade.
Os poucos momentos em que nossas mãos se tocaram naquele dia, a sensação de algo novo e aquela velha timidez voltando à tona, de risadinhas sem-sentido de dois adolescentes...

É difícil acreditar que em 3 meses eu construí meu coliseu e em 30 minutos eu o demoli.
Mas hoje estou contente, com a repercussão dos eventos, com a maneira que tenho gosto de falar deles, de como me inspiram.
Um assunto cansativo e imortal, que revive dores e alegrias de um tal dia 12 de Julho.

Agora nesse silêncio da noite, fico a pensar como será dessa vez...
Não tenho esperanças, não sou de ter mesmo e nem de ser otimista, uma falta de confiança que anda de mãos dadas com a insegurança;
Engraçado que eu consiga ver todos esses problemas comigo, com qualquer relação que eu venha a ter e, mesmo assim, não tenho medo de tentar, não mais...
De procurar pelo meu sol amarelo e minha felicidade, uma pessoa que possa me dar forças para encarar a realidade;

Vai ver esse Silêncio, onde os únicos sons vêm da minha mente, é tão gostoso que vale a pena passar pelo que for, só pra garantir ele de volta em alguns meses.
Ao menos há no fim do dia, a satisfação em ser quem sou, em fazer o pouco que faço, talvez minha aparência não me agrade, talvez meu corpo não corresponda a todas as expectativas da minha mente, mas devo sempre manter a honra alguma bondade, a curiosidade e a vontade de pensar, de escrever e debater, comigo mesmo, os problemas meus e do mundo.

http://www.youtube.com/watch?v=hkpnAks4_S4&feature=channel_page

Dots.

terça-feira, 29 de setembro de 2009
Eu penso nas coisas em que aqui escrevo, é engraçado.
Uma das coisas que tnato me motivou a começar esse blog foi o fato que tinha acabado de dar a outra pessoa meu diário, que era o meu lugarzinho pra escrever o que quisesse, sobre quem quisesse.

Mesmo sem escrever muito lá, a sua existência me trazia conforto, de ter um objeto que venho carregando desde os 5 anos e que me ouviria sem responder, sem julgar, sem formar opinião; Sempre.

Eu ainda lembro de sua aparência, seu cheiro e guardo uma última página, ligada a muitas memórias e que contém a minha listinha de super-mercado num dia qualquer.
Sem ressentimentos ou arrependimentos, dar meu diário é talvez um dos atos que mais me deixou feliz, ainda mais por se tratar de alguém que vai, no mínimo, cuidar dele.

E eu percebo que esse blog é diferente, que eu escrevo sempre tendo em mente que outra pessoa vai ler, que nem sempre eu consigo ser verdadeiro. Acho que até certo ponto isso é normal, o medo de ser julgado por alguém independentemente de quão perto ou longe a pessoa esteja, deve ser normal temer que outros conheçam o seu íntimo sem nem mesmo conhecer seu nome.

Sinto-me, em parte, perdido.
Quero, queria, desejava escrever aqui da mesma forma que escrevia lá mas, ao mesmo tempo, não desejava lá como desejo aqui: que todos vejam o que escrevo.

Vou tentar ser mais verdadeiro às vezes, escrever por meus olhos ao invés de meus dedos, minha mente.

Afinal de contas, I'm a Rocket Man, heh.

Amarela?

domingo, 27 de setembro de 2009
Vidas alheias, passando nesse corredor, trocando olhares velozes e vazios, deixando somente uma impressão; criança quieta, brincando sentada no seu mundinho, ouvindo palavrasq eu não sabe o significado atrapalharem a criação de sua jovem cabeça, impedindo seu trenzinho de embarcar na viagem do imaginário.

Criança pequena e sonhadora, querendo segurar na mão o que vê diante dos olhos, os caminhos coloridos de seus brinquedos, as coisas que sua mente e só sua mente tornam uma parcial realidade.
Inocência do coração, do pensamento e dos olhos, que ainda conseguem desmaterializar o real para dar espaço ao surreal, colorir e descolorir a bel prazer, seu pensamento abriga um número incontável de cores, tons e gradientes pra tornar brilhante a partezinha mais interessante da sua existência.

Limitado pelo que não compreende, pelo que não controla, o menino não entende que algo não possa ser feito, não possa ser obtido, afinal de contas, se ele consegue imaginar, porquê alguém não consegue montar?
Inocência e imaturidade que se perdem com o tempo, quando os sonhos se tornam cada vez menos possíveis e as antigas maquinações de sua mente dão espaço para os problemas da realidade.

Crescimento inevitávelmente triste, acompanhado de novas descobertas, nenhuma tão boa quanto as anteriores.
Felicidade agora é algo mais que uma caixa de giz e um papel em branco, é complicada e quase sempre trará uma tristeza pelo caminho.
Sentimentos diferentes. nascidos do nada para consertar aquilo que não estava quebrado.

O menino troca tudo em sua vida, vendo algumas cores tornarem ao cinza e alguns tons de cinza tornarem a ter alguma cor, opiniões sobre tudo se formando e seu mundinho expandindo.
Aquela capacidade da mente de criar e produzir se esvai, ao ponto em que o garoto busca no real algo para substituir o tão esquecido imaginário, para passar o tempo.

No momento em que a sua rua se bifurca em inúmeros caminhos, o menino olha para o lado, para o alto, buscando algum guia, alguma lembrança, alguma coisa.
Alguns tropeçam em qualquer caminho, outros andam com medo, temendo o que vão encontrar, outros engatinham e uns até tentam correr.

No fim, crescidos, se encontram numa certa solidão, única, exclusiva mas ao mesmo tempo, universal.
Buscam no passado outro guia, quem sabe assim achem o desejo de prosseguir, de continuar, ou ao menos encontrem novamente o menino que um dia foram, que tinha um mundinho colorido de eternas possibilidades e que sabia fazer e desfazer com somente duas ferramentas: Imaginação e Vontade.

http://www.youtube.com/watch?v=1-ZTbVxpuDA&feature=channel_page

Folklore: To the Unknown World

quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Um vilarejo pequenino perto do mar, não poderia se dizer qeu aquilo era uma praia, nem um morro; não era alto nem baixo, não fazia calor mas sim um frio sutil e solitário, que circulava cada habitante daquele comum vilarejo.

Nada era fora do normal, era tudo quase uma rotina onde seres viviam os dias assombrados por fantasmas do passado que tentavam esquecer;
Mudou completamente a direção do vento num dia fatídico quando, inocentemente, uma menina esquecida chegou ao vilarejo;
Trajada em roupas urbanas e pesadas, mantinha sempre os braços próximos ao tronco, saciando uma antiga mania e o frio que sentia no processo.

Seu nome era único e havia sido chamada por uma senhora, se intitulando sua mãe, que há muito a abandonara, ou assim lhe contava a memória que vagava sua mente.
Coincidentemente, sua chegada foi acompanhada de outros dois fartos intrigantes:
A morte da própria senhora que havia lhe enviado a carta, fora derrubada da vila ao morro abaixo, falecendo conforme caía até a praia.
E vinda de outro visitante, um jornalista tão sutil quanto perspicaz, anotava os eventos em sua mente, investigando cauteloso e quieto o que ali se passava. Ele também havia recebido uma carta, da mesma senhora, que dizia como ela morreria num determinado horário daquele dia, quando seria empurrada do penhasco por alguém que há muito conhecia.

Acontecimentos que logo foram postos sobre os ombros dos recém-chegados, a tarde estava ao fim e eles se retiraram, contemplando o ocorrido e a coincidência do destino, que os havia mandado àquele lugar, naquele dia, naquela hora, por uma mesma curiosidade que levava cada um deles à buscar a resposta de uma pergunta diferente.

Se alojaram numa casa pequena na vila, não se conheciam mas tiveram de fazê-lo de imediato, a situação exigia.

Noite caiu e cada um foi ver um canto do vilarejo, tentar descobrir o que ali ocorria;
Ela foi ao campo perto de onde chegara, enquanto ele foi ao bar; vazio.
Saiu do bar com tantas dúvidas como respostas, sem pessoas a perguntar, sem dúvidas a tirar, caminhava de volta quando ouviu seu nome ser chamado, num canto iluminado, perto de um poste.

Uma figura peculiar, quase inacreditável, um homem sem rosto ou corpo, que só podia ser reconhecido pelo traje, a máscara, o chapéu característico e a longa blusa davam forma a este homem cujo corpo era feito de nada, parecendo uma marionete que a luz refletia, era invisível e muito sabia.
O homem olhou aquela figura por um momento, em seguida ajeitando os óculos em seu rosto e esboçando um pequeno sorriso, perguntou-lhe de onde sabia seu nome,; Pergunta para qual não obteve resposta conclusiva, ao que a figura somente clamou ser um amigo e então o entregou um pingente, que deveria ser utilizado na próxima vez que se encontrássem, para prosseguir naquele obscuro mistério

~continua, ou não :3

Castlevania: Dance of Pales

sábado, 19 de setembro de 2009
Um salão vazio enche-se de palavras quebradas, contendo entre suas minuciosas e finas linhas ofensas mal direcionadas, pensamentos mal formados ou até mesmo muito bem formados, carregados de mágoas passadas, de eventos não relacionados, revelando a amargura que toma conta dos seres, todos mascarados, com seus sorrisos, suas ofertas de ajuda;

Uma falsa preocupação, uma falsa dedicação, sentimentos mentirosos que tomam como lar pessoas machucadas e vazias que, como mosquitos, tentam espalhar a praga que levam consigo.

Brisa leve que toma conta do salão, movendo as peças estirradas ao chão, as máscaras e as palavras se unem para uma última re-encenação; um visitante se aproxima e não pode ver o salão neste estado, rápidamente a poeira se faz densa, surgindo dentre ela cavalheiros e senhoritas densos e, ao mesmo tempo, transparentes;
Seres enevoados cuja personalidade deixa transparencer tanto quanto seus corpos, revelando a amargura por trás de cada sorriso, de cada palavra.

Máscaras caem naturalmente, muitos discordam, mas se faz tão aparente... quando a máscara se torna algo natural, fica difícil notar-se quando está usando-a... e quando não está.

Erro universal na humanidade e até na sobrenaturalidade, erro de ser consciente e racional, que tenta julgar o visitante, mesmo sem saber que ele vai ver um a um, decidindo a dedo aquele que continuará no tom pálido de seus cabelos e aquele que passará ao tom vermelho de sua capa.
Um sorriso em seu rosto, uma pequena reverência formal, enquanto ele caminha com leveza e calma, gradualmente tomando a forma da mesma névoa que compunha cada mascarado, tornando-se apenas um verdadeiro rosto em meio a última valsa do baile de máscaras.

Um a um, o salão se esvazia, o visitante tendo-o atravessado de maneira literal, sem chamar a atenção mas tendo em si todos os holofotes, pois as palavras quebradas deixavam refletir em seu material, um cristal comum na atualidade, a agonia dos mentirosos, presos mais que nunca, no seu hall de ilusões.

http://www.youtube.com/watch?v=AsysZQYBQU8&feature=related

Moving

segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Indo e vindo, fazendo um momento chamado pensamento, na casa da mente, que se junta e se separa, se une com muitos por ideais e se desfaz de tudo por um momento.

Andando, prosseguindo e retrocedendo, sentidos iguais ou diferentes, esperando que caminhos se cruzem em meio à multidões, clichês e novidades, informação que atravessa o mundo em segundos, que mais parecem horas para mim.

Pintando esse quadro imenso com tintas de todos os tipos, texturas e artes; Tanto de artistas procurando seu espaço, sua identidade quanto de crianças despreocupados, representando com simplicidade seus sonhos complexos; Mostrando a variedade de todos os momentos, a velocidade com que o mundo gira, enquanto um dorme outros brincam, jogam, se divertem, conversam, repousam, amam, brigam...

Mundo em movimento que acompanho, sempre me perguntando se posso parar, se devo para, ou se posso ir mais rápido, chegar à frente pra ver se as minhas expectativas tornaram-se realidade ou ficaram para filhos, netos e parentes verem os meu sonhos em forma real.

Heh... mistura de ansiosidade e rotina, querendo mudança mas prezando pelo presente, esse medo de mudar e a vontade de agarrar-se ao passado definido, de dar outra chance à sorte; tão cruel e tão bondosa, com os que aparecem e com os que deixam de aparecer;

Tá na hora de decidir e crescer, gostaria de conhecer quem mais estivesse nessa situação, procurando qem pudesse ler sua mente sem adivinhar o que pensa, buscando companhia numa viagem solitária mas ao mesmo tempo, querendo a solidão do número 1.

Realmente, minhas memórias nunca me deixam sozinho, semprepensando, lembrando ou filosofando, em monólogos silenciosos ao fundo da minha mente, que gostaria de observar como o mundo se move e poder estar, às vezes, em lugares mais agitados.

http://www.youtube.com/watch?v=fT5qmA7LAfU&feature=channel_page

Pokke Village

domingo, 13 de setembro de 2009
Olheiras expressivas que acompanham uma peqena faísca, seguindo cada movimento seu com total atenção por horas e horas, uma faísca de esperança acompanhada de um pequeno fardo e um grande esforço, cansaço.

Esperança de rever pessoas e reviver memórias, múltiplos desejos atendidos que re-acendem, mesmo que sem muita intensidade, uma faisquinha de esperança.

Amigos que voltam em tempos de falsa serenidade, dois a dois sentam-se para conversar, rever alguns assuntos, desentendimentos; pequenas risadas que caracterizam grandes dias e grandes aventuras da mente;
Única a nunca parar, tece a compreensão da realidade durante o dia e fabrica o material dos sonhos à noite. Sem repouso, parece nunca se cansar em uns, mesmo que em outros esta dê um "basta" às suas funções em definitivo, não necessitando nem de explicação, pretexto ou situação cabível para explanar sua resignação.

Sonhos de criança parecem só se realizar em certos momentos, que pensamos ter definido justo quando se mostram mais aleatórios, como se estivessem sempre ali e nós que deixássemos tal lugar para buscar por último, seja por teimosia, desatenção ou imbecilidade.

Realmente, momentos calmos de uma quietude intensa, onde se ouve o barulho da água e a conversa de outras pessoas, que não te conhecem mas aparentam serem tão... gentis...
às vezes o mundo para pra te deixar pensar nos certos e errados da vida dos outros, e nesse momento muitos tomam como egoísmo e param para pensar na própria vida.

Nunca fui de muito me arrepender, mas me arrependo de ter te prometido algo que fui descobrir que nunca poderei cumprir.
Pela regra do tudo ou nada, ou se têm ou se deixa de ter, mas uma coisa, um fator eu guardarei:
A história.

http://www.youtube.com/watch?v=cbhFTZlcGH8

Dearly Beloved

sexta-feira, 4 de setembro de 2009
A cada um que me ajudou a andar por onde eu andei, cada um e cada uma que me fizeram andar quando eu não via, e sinto ainda não ver;
Aos poucos parece-me chegar, essa luz calma e intensa que brilha meu olhar.
Vinda de toda parte e de nenhum lugar, foi só perceber, que era necessário abrir os olhos.

Em momentos de fúria e de calma, tenho só de agradecer os que me aturaram, sabendo que mesmo aqueles que não tem arrependimentos não dormem o sono dos anjos.
Numa hora de calma, junta dessa pequena obsessão em controlar o tempo, a frustração é constante e a cobrança é enorme.
Uma vez questionei-me se o dom da boa memória era uma bênção ou um fardo, de cara achava saber a resposta, mas ao lembrar-me de cada erro, cada pecado e cada atrocidade que cometi nesses anos de existência me fizeram deixar em aberto essa questão, hoje a ser fechada.

Dizem que jovens são engraçados e adultos preocupados, pensando ambos no fator comum: o Tempo.
Eu achava que se fosse consciente, pensasse e aceitasse minhas decisões, sabendo dizer quando a culpa foi minha, quando eu poderia ter evitado errar, viveria sem arrependimentos.
Mas hoje me arrependo de não ter tomado uma decisão, anos atrás.
Não que naquela época eu fosse saber as consequências ou mesmo seguir adiante, mas o gostinho de se questionar... "E se... eu tivesse feito aquilo?"

Sadismo e Masoquismo num só ato, o questionamento próprio que leva a imagens de tristeza e momentos de alegria nessa vida de filósofo-sonhador que levo, dia a dia.
Pois é bom poder escolher com o quê vou perder meu tempo, ainda mais quando posso perdê-lo pensando no que faria se tivesse todo o tempo do mundo.

Gostaria de... me sentar na grama e olhar o céu azul... talvez ouvir algo, talvez conversar com alguém, talvez ter um cachorro, talvez não ter obrigação.
Talvez se eu fosse mais calmo, se eu deeixasse de me preocupar tanto com tudo, se eu sorrisse mais quando tem alguém pra ver, ao invés de sorrir pra mim mesmo o tempo todo.

O talvez é a mentira venenosa, implantando sonhos com possibilidades generosas, alguns que não sairão do desejo e outros que virarão fracasso.

Não devo então pensar na possibilidade, só esquecer tudo ebuscar a minha realidade, a minha praia solitária e meu céu azul, que devo transportar de um lugar na minha mente para um canto de minha vida.

A todos que eu amei e todos que me amaram, um sincero Obrigado.
Desde a primeira professora de meu 1º ano no maternal (Tia Tânia!) até os amigos deste dia atual.
Se de memórias sou feito, que sejam as boas lembradas tanto quanto as ruins.

http://www.youtube.com/watch?v=Kyatdg2USLI&feature=channel_page

Metroid: Kraid

terça-feira, 25 de agosto de 2009
Caminhava focado, quase sem ver o que existia à minha frente, guiando-me pelos sons que vinham do fundo daquela caverna;
Lugar úmido, ouvia algo pingando mesmo que não houvesse sentido anteriormente nada molhado, tinha certeza que aquilo não me guardava algo bom, mas a curiosidade superou o medo e segui à frente, relembrando cada conselho que estava jogando ao chão e pisoteando; ignorando tudo que aprendi nos anos anteriores por um sentimento que consumia meu ser.

Desejo meu de descobrir encontrou-se com uma barreira, física; buscava um contorno, uma forma com as mãos, era redondo porém rígido, grande, quase o dobro de meu tamanho, se pudesse dizer.
parecia pesado e com certeza não era uma superfície macia, mas um pequeno contato entre essa "parede" e minha mão já havia feito com que um líquido escoasse por ela.

Meu tato desaparecia, estranhava que não conseguisse mais sentir aquela parede, quando ouvi um som conhecido, como se estivesse abrindo, rachando.
Um certo brilho fez-se real, pequeno porém o bastante para tentar me cegar, não sabia de onde vinha mas não era grande, ao menos me fez cobrir os olhos.

"Não se tapa o Sol com peneira."
Surpreso estava, ao descobrir a origem daquele líquido e o motivo da perda de meu tato:
A "parede" não passava de um ovo, embora aquele brilho avermelhado fizesse claro à mim que o líquido era sangue.
Mas eu não sentia dor alguma, mesmo com as mãos destroçadas, não sentia nada nem ao ver aquilo.

E, nesse momento, percebi que estava louco.
Loucura que cresce vagarosamente porém de modo exponencial, implanta-se sorrateira, sutil e, aos poucos... deixa seu som ecoar, pelos meus pensamentos, por toda minha cabeça; hipnotiza, domina.

Meus olhos parecem querer serem arrancados, exprimem uma vontade toda nova de sair de meu controle, uma sensação exaustiva que logo leva este que vos fala aos joelhos, mirando somente a monstruosidade verde que aogra, em seus primeiros momentos de vida, presencia os meus últimos.

Foi somente um som, um som tranquilo numa caverna escura, que começou zumbindo palavras antigas e estranhas, frases dotadas de sentido mas carecendo forma; apoderou-se de cada espaço do meu pensamento, escolhendo o quê e quando pénsaria, cegando-me com a sua luz única e forte ao meio da escuridão do ambiente.

Achava estar me afogando, e a ironia era exatamente que estava; me afogando no ar que antes respirava, revirando o corpo e gravando em minha mente, a imagem da criatura verde e seus olhos rubros, brilhando como jóias enquanto esboçava um tipo de sorriso, seus dentes brilhantes e pontiagudos a refletir o brilho de meu sangue.

http://www.youtube.com/watch?v=0vPBp5I0s4U&feature=related

Platform Moon

sábado, 22 de agosto de 2009
Sentado à beira da janela, sorrio calmamente ao céu da noite; sem estrelas, algumas nuvens e a minha esperança de poder dar um oi pra Lua.
Quietude momentânea, o silêncio aconchegante da madrugada que só é interrompido pelo som abafado de um ou outro carro que passa.

"Quem será?
Que passeia a essa hora, quem será que está fazendo isso? Qual a sua história? Será que é alguém interessante? Alguém perdido?"

Quando me dou por conta ela já está lá, eu perdido em meu pensamento, em minha curiosidade e a Lua havia me surpreendido.
Não vejo sua forma, sem meus óculos vejo somente o branco amarelado, borrado e embaralhado na escuridão da noite... mas mesmo assim vejo seu brilho, dou uma carinhosa saudação com olhos brilhantes e um sorriso largo, ansioso para ver que memórias, reflexões ela me trouxe desta vez, nessa noite calma e ao mesmo tempo, inquieta.

Começo a imaginar como seria, se eu pudesse estender a mão e tocá-la, pensamento psicodélico onde poderia sair daqui, desse ambiente;
Transportar-me para o campo, para a praia, para a lua? Divaguei...
Lembro-me agora, de uma menina que conheci não faz 6 meses, que eu cocnheci, que me mudou e me "desmudou", que foi pro oceano e me deixou em meio àos prédios dessa cidade estranha, que nunca conheci direito mas me parece ser uma 'casa', um lugar qeu me atrai, independente do qeu for, de como for.

Saudades... Da felicidade, da dor, de crescer com carinho e com vontade, até o dia em que chegei a temer envelhecer, quando finalmente comecei a me preocupar com o tempo, a perder dias pensando se eu tinha os pensamentos corretos, desejando ter mais tempo, ou não ter tempo, só quero... ou deixar de me importar pra poder pensar, ou poder controlar o meu tempo e ficar aqui o quanto eu quiser, conversando com a Lua, sussurrando meu nome a ela, na esperança que ele seja ouvido pela garota que sinto falta.

Mas ela agora tem areia em seus cabelos e eu... sou só um garoto que cresceu na cidade, ouvindo os sons solitários da noite, que nunca chegarão até ela.

http://www.youtube.com/watch?v=UkQfbAElI60&feature=channel_page

Killer

quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Deitado em minha cama, com as mãos sob o peito; adormecer é para mim nada mais que esperar.
Não sei se é pelo fato que só adormeço quando não acho mais o que fazer no dia, ou porque penso que a terra dos sonhos é melhor que a de verdade.

Acho que... no fundo... só sonho com a visita de um anjo. Talvez venha para me guiar, talvez para me levar.
Só quero que venha e faça mudar, decidir; pois viver a vida sem um caminho não tem graça, é perda de tempo, de força, esforço em vão.

Vontade de... parar de aprender a viver e simplesmente viver, sem pensar nas consequências, sem parar pelo fato de me preocupar. Liberdade das correntes do coração e da mente; Sonho, mero sonho.

Às vezes me surgem, na calada da noite, perguntas que muitos não saberiam responder, dúvidas sobre as quais nem eu sei o que dizer, perguntas complexas para uma mente que quer ser simples, única.
Que se odeia por querer alguém pra dividir os sonhos, alguém para mimar.
Mente carente em corpo solitário, com desejo de achar sentido no abstrato e concreto na areia.

"Solitary Brother, is there a part of you that wants to live?"

http://www.youtube.com/watch?v=XzU9Ek99ONQ&feature=related

Peace of Mind

sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Nesse mês de Julho...
Aprendi lições antigas, coisas que todo mundo sabe mas parece se esquecer, sabe?
Que muito pode acontecer em um só dia, que planos fazem e se desfazem em minutos, que pode se conhecer aquela pessoa em meros momentos e perdê-la em momentos ainda mais curtos.
Que palavras nem sempre tem o significado tão doce quanto seu som, e que quase nunca são ditas com seu real significado.

Tenho medo, de escrever demais e me revelar, medo de cometer os mesmos erros no futuro, medo de conhecer a pessoa e deixar passar, medo de ter que esperar.
Sentimento de urgência que rói a mente e corrói o coração, não pela vontade nem pelo desejo, necessidade quem sabe?
Só... isso.

Mas o importante é não perder o foco em momentos assim, conselhos que vêm de todas as partes, alguns requisitados, outros não, cada um deve ser analisado pois, no final das contas, a decisão é minha e não dos outros.

Se me perguntassem como achava que seriam as coisas um mês atrás... a resposta seria completamente diferente.
Não sei se seria melhor, talvez daqui a uns meses, um ano quem sabe eu possa responder, vai depender do futuro e, por mim, o tempo pode passar bem devagar, quero é aproveitar meus 6 meses de "férias" pra escrever, pensar, esperar, me divertir, rir, chorar... enfim, viver.

Às vezes o passado assusta, medo de repitir experiências, medo também de olhar pro futuro e achar que vai errar denovo, ou pior; Vai ser o erro de outra pessoa.

Chega um dia na nossa vida que temos que decidir quem vamos ser, o que queremos de nós mesmos e, nesse dia, eu quero ter uma mente decidida, que não vai ousar mudar deidéia quando, depois, me perguntar se foi a escolha certa.

http://www.youtube.com/watch?v=-cTYhY3NUWE&feature=related

Long Way Home

terça-feira, 4 de agosto de 2009
Numa noite tão escura quanto outra qualquer, passava um garoto por um parque; Lugar de pouca significância e pessoa de significado parecido, era um garoto num parque numa noite de verão, com uma blusa fechada, mãos nos bolsos, capuz sobre o rosto e música em seus ouvidos, pensando sobre seu passado.

Fugíamos.
"Do quê?"
Responsabilidade, pessoas, coisas ruins; Éramos jovens, tínhamos medo de crescer, medo de deixar ser, medo do tempo passar e... muito medo, de começar a importar.

Sentava num banco, quase iluminado, repousava a cabeça com um desejo de se livrar daquela música, mas aquilo era a única coisa que ainda o acompanhava, a música e seus pensamentos eram dois eternos companheiros, não fosse que um dia seus pensamentos o traíram, fugiram para outro lugar.

"E você não foi junto?"
Fui, fui muito tempo antes disso tudo começar eu penso, fui quando era jovem, quando desejava achar uma terra onde não mais fosse crescer.
Sabe... o problema de se apaixonar é aquele desejo sorrateiro de fazer o tempo parar.
A frustração única em falhar, a raiva doente de um coração que não se pode curar.
A gente acha que algo vai ter muita importância, que um dia vai ser perfeito e... nunca é, nunca tem.
Não que seja ruim, pelo contrário, essa imprevisibilidade da vida faz tudo melhor.

Em noites solitárias a vontade dele era sempre a de ir ver a cidade, só. Ir ver as luzes, imaginar uma aventura... se perguntava se não iria conhecer alguém, alguém diferente, alguém inibriante... alguém que finalmente fosse tirar ele de lá.

"E achou?"
Não, não achei. Foi-se embora, esvaiu-se pelos meus dedos como o fumo e nunca mais voltou.
Aquela aventura, aquele desejo... foi só daquela vez.
Vivi cada dia esperando sentir tudo denovo, esperando uma surpresa que sabia que não viria.

Alguns dias me perguntava porque a vida parecia uma catástrofe, e achar as respostas pra essa pergunta, ou as ilusões que achava serem as respostas, me fizeram crescer demais.
Irônico, não?

Levantou-se e foi embora, queria explorar, conhecer, pensar.
Sabia que em casa não se deixaria tirar momentos para si mesmo.
Era só, nem que estivesse em meio a uma multidão; E deixar-se pensar só perderia mais tempo que ele já não tinha.
Naquele momento decidiu, pela primeira vez, fazer algo por si mesmo, pegar o caminho mais longo para casa, olhar os anos passados e pensar o que poderia ser, o que poderia ter sido, se ele simplesmente tivesse mais tempo.

Ah... vejo que voltaram...
"É... demorou, não?"
Pena que está frio... frio até demais...
"Mas pelo menos agora você pode visitar eles..."
Acho que sim... Será que ficarão felizes?
"Vão chorar, com certeza... ainda é cedo demais pra fazer-lhes uma visita."
Duvido que... meus anjos estarão tristes em me ver...

E ali acabava sua conversa, a última conversa que teve consigo mesmo e, de fato, a última conversa que teve.
A vida dele tornou-se fumo no momento que descobriu... que seus sentimentos haviam voltado a si.
No dia seguinte mal chegaria a algum jornal, era apenas mais um garoto que, numa noite solitária de verão, perdia a música e a vida nas mãos de algum marginal.

O problema de se pegar o caminho mais longo para casa é que... não se tem a quem culpar se o dia chegar ao fim e você não estiver mais por aqui.

Divina Comédia Humana.

sábado, 1 de agosto de 2009
Em meio a confusões, amores, encontros e desencontros, altruísmos e egoísmos;
Drama lá está, em abundância, vivendo na mente e no coração, que adoram sentir, se importar, extrapolar; Não se importam com a dor.

"Só quero pedir pra ele esquecer ela, esse coração besta!
Não acha alguém que o queira poque sempre quer as erradas. Não se manda nem se escolhe, nos deixa malucos por aquilo que pouco ou nada vale.
Nos tira o sono, o canto, a voz, a alegria, a diversão, mas nos deixa espaço, corpo, tempo e... sempre... Sempre nos deixa uma maneira, um modo de dizer o "não", a palavra que às vezes é a única que presta.

Então me deixe viver, largue meu coração e minha mente, não quero me acorrentar ao passado, muito menos ao nosso passado.
Não que vá esquecê-la, te prometi que isso não faria. Mas eu só quero... não me importar; deixar passar, sabe?

Dizer o que penso, dizer o que sinto, liberdade pra ofender... machucar? não poderia, não com uma que tanto disse amar e me traiu.
Me traiu, sim, mas me amou, eu acho. Sei que a amei e disso não posso sequer pensar me arrepender.

Porquê? Ora! Porque me fez sentir, me fez engasgar, me fez chorar nos dias que não nos falávamos, me fez chorar ao demorar pra responder... me fezviver essa vida... esse Drama.

Eu devia agradecê-la, isso sim; Por trazer dor em um momento e felicidade em muitos.
Engraçado como é a dor que nos marca.

Ah... quem dera eu fosse pessoa melhor, poderia assim ajudá-la a crescer como cresci, transformar mente de menina em mente de mulher, ensinar que com o coração não se brinca e que "eu te amo" não é expressão de várzea.

Não deixe que a raiva encubra a razão... digo a mim, no meu egoísmo."


Ora direis, ouvir estrelas!? Certo perdeste o senso.

http://www.youtube.com/watch?v=AQ9wHpK52aQ&feature=channel_page

Camaraderie

quinta-feira, 30 de julho de 2009
Amizade é coisa estranha, preciosa, deixa alegre, feliz, triste, chateado, é relação sem muito egoísmo e as vezes com egoísmo demais.
Parece um pouco como paixão, no papel, mas é diferente na prática; mesmas sensações, diferentes situações; quem sabe.

Temos colegas e amigos, um tem o dever moral de ao menos querer te ajudar e o outro tem o dever moral de te ajudar como puder;
Não se pode ser amigo de todos, amizade é que nem qualquer outro relacionamento, só funciona se ambas as partes estiverem de acordo.
Mas o que é o camaradismo, o coleguismo?
A amizade com a presença do individualismo. É pensar se vai ajudar, pensar se tem tempo pra ajudar; Ajudamos nossos colegas, mas sempre tentando nos sacrificar o mínimo possível.
Mas ajudamos nossos amigos, sacrificando o que for necessário.

É triste saber que alguém não quer sua amizade, que alguém é gentil, amigável com você mas, mesmo assim, não te quer como amigo, não divide os aflitos e nem todas as glórias;
Não precisa pedir ajuda nem mesmo pedir um ombro, só aceitar quando lhe for oferecido na hora correta.

Nem sempre é ato consciente, mas amizade também é amor, de sua própria maneira.
Amor, preocupação, felicidade e tristeza; Esses dois últimos estão presentes em tudo que nos importa, coisas irrelevantes não podem afetar nosso humor.

Concluo dizendo que amizade é risco como outro qualquer; Então arrisque, veja quem é seu colega e quem é seu amigo, mas preste atenção, um colega pode estar ao seu lado, querendo nada mais que sua amizade.

http://www.youtube.com/watch?v=pWZ4Kh04rOM&feature=channel_page

Another Day

quarta-feira, 29 de julho de 2009
Dia quente, sol brilhante...
Choveu por 15 minutos... logo pela manhã, um olhar pela janela seguia tristonho, pensativo.
"Droga!".
Planos arruinados, compromissos re-agendados; Mais uma manhã chuvosa, pensou.

Decidiu que mudaria isso. Mudaria tudo!
Saindo da cama, pegou qualquer roupa e foi andar, olhar em volta; Via as pessoas, poucas pois ainda era cedo... pensava consigo mesmo:
"O que elas pensam? Será que elas conseguem me ver também?".

Continuava a caminhar pela vizinhança, morava lá a tanto tempo e mesmo assim parecia tudo desconhecido a ele, nunca tirou um tempo para prestar atenção em todos os anos que viveu por lá.
Se lembrava das árvores, prédios, construções, de cada loja! parecia que suas memórias eram as dos outros, nunca fora alguém de sair muito.

Um bairro que guardava toda a vida dele, toda a vida de muitas pessoas... quanto tempo pensamos nos outros? Quanto pensamos no que os outros pensam?
Todos os dias vemos, ouvimos, olhamos tantas pessoas, de aparências e idades diferentes... e quanto sabemos delas?

Até mesmo o ser mais altruísta é individual, não há tempo para não ser; Pois mesmo que ouvíssemos as histórias, soubéssemos da vida de cada uma pessoa, cada um ser humano que passa por cada um de nós, não conseguiríamos nos lembrar daquilo todo dia.

Queria ele ter tido essa reflexão, voltaria para seu lar um pouco mais triste, sabendo do óbvio, que nunca conhecerá os outros tão bem quanto deseja, que sua curiosidade é e sempre será insaciável.

Pois o drama da vida não nos deixa escolher muitas personagens.

http://www.youtube.com/watch?v=DfZqXLnBYb4

Bloqueios

segunda-feira, 27 de julho de 2009
Inaugurando o inaugurável, vida que se alastra com seus pensamentos que vêm e vão em meros minutos, inundando a mente com palavras sem nexo.

Sentimentos vindos do som, me trazem memórias de momentos que nunca vivi, coisas que planejo ao futuro e coisas vistas por olhos de terceiros, desejos ocultos e infantis, "coisas de criança".
Deito-me quando chega a madrugada, penso em não levantar no amanhecer que está por vir, ver se consigo provar que a Lua fica mais que o Sol na minha vida...

O frio instaura-se pelo meu corpo, não é a temperatura, nem mesmo medo, é um frio que vem de dentro, que se espalha até minhas extremidades mas não deixa minha carne, frio que desaba, consome, imobiliza.
Desejo de mover esvai-se de mim, agora nada mais que uma casca, levanto-me assustado e olho, com a visão ainda borrada, o que me parece ser o relógio.

"É hora de acordar", ouço em minha mente um sussurro, uma voz que hoje não mais está por perto e que me traz memórias melancólicas de um tempo onde a vida era mais fácil;
Olho para o lado, não há ninguém, existe um brilho, fruto de um desejo não realizado.
Esfrego os olhos, como se disesse para mim: "É... o Sol."

E assim começo outro dia, com a única esperança de que desta vez, somente desta vez, a Lua vai durar mais, por mim.

"Aí um analista amigo meu, disse que desse jeito, não vou ser feliz direito."