Folklore: To the Unknown World ~ 2

quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Despediam-se ali dois recém-conhecidos, o homem que não possuia rosto, somente um contorno delineado pelas peças que usava, uma máscara, um recatado chapéu, seu casaco e sapatos, parecia um nobre que até mesmo bengala utilizava enquanto o repórter, com uma aparência fria e calculista, como se enxergasse o mundo de uma forma única por trás das lentes brilhantes de seu óculos, trajava um casaco mais longo, com um colete e uma camisa por baixo, equivalente a um escritor de tempos passados, usando roupas discretas e únicas.

Levava consigo o pingente ao que o mascarado desaparecia, evaporava; e seguia para encontrar a garota, dizendo para si que ela era um pedaço maior desse quebra-cabeças do que inicialmente aparentava.
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Logo que chegara no campo, a menina podia sentir um certo frio, mesmo com suas blusas e jaquetas, essa aura gélida tornava a circulá-la, causando-lhe calafrios, sonolência e certo medo, talvez pelo macabro da situação, pela morte que acontecera mais cedo.
De dentro da escuridão seu ouvido captou uma única voz, uma única palavra que a fez arregalar os olhos de surpresa...
"Ellen"
O som tomava conta de seus ouvidos, ao que, tremendo, a garota virava-se para a escuridão do campo, agora iluminada por um sorriso amarelado, digno de abóboras neste mês especial do ano, embora seus dentes fossem todos de madeira.

Seu medo desaparecia, mesmo que ela desconhecesse o motivo. Avistando a criatura que se aproximava de uma forma peculiar, saltitando em um pé só, sua outra perna ficava, a todo tempo, cruzada, como um "4"; Carregava em sua mão uma pequena lanterna, acesa mas de um brilho fosco e incomparável ao que seu rosto emitia.

Uma forma de total escuridão, feita de palha negra, com um sorriso e olhos esculpidos num verde ressaltavam a impressão daquela figura, trajando roupas simples, referia a si mesmo como o Espantalho, coisa que de fato muito parecia, um espantalho negro e risonho, com o comportamento de um bobo da corte.

Se aproximava da garota como um longo conhecido e. enquanto as palavras ficavam engasgadas, sem saber o caminho para poder perguntar como ele sabia aquele nome, o Espantalho reafirmava sua intenção, dizendo muito que a garota pouco sabia.

Teve dela a confiança ao que entregou-lhe um precioso bem: tirou do saquinho que levava preso à cintura um colar que ela teve somente no fundo de sua confusa cabeça, mas que jurava ser de sua mãe.
O Espantalho a avisava que o colar era a chave para o começo enquanto a garota brilhava seus olhos com receio e esperança, sabendo que estava cada vez mais próxima de descobrir aonde estava sua mãe.

~Continua :3

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