The Logical Song

segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Nesses momentos, em que o mundo inteiro está dormindo;
Fico aqui sozinho, pensando nas inúmeras perguntas, que são até demais pra uma simples mente.

Questões existenciais, criminais, judiciais... ponderar o ponderável, vivendo de perguntas e não respostas, perseguindo o futuro no presente e vivendo o passado sempre que o chão desaba.

Não que não haja decepção, tristeza e glória, felicidade e irritação, em puros momentos de falha e tensão, quando amores se vão e amizades tem seu fim, resta-me só aqui ficar e viver por mim, aquele único que nunca saiu, nunca desistiu, por maior que fosse a vontade de dizer a verdade da minha vida para quem eu não queria que ouvisse.

São nesses momentos, do sono dos inocentes e culpados, que fico acordado, pedindo a ela, e somente a ela, que faça uma vez o meu absurdo pedido, e que me diga, só desta vez, quem sou eu.

Pessoas que me pedem uma assinatura, que censuram minha fala, me querendo um homem comum, um vegetal, inábil de se comunicar, sem vontade nem desejo de espalhar a sua visão, ser conhecido pelos poucos feitos, ou somente ser conhecido.

Desejo esse da reciprocidade do conhecimento, de ver os outros e ser visto sem olhar nos olhos, pois minha vergonha do mundo não me deixa fazê-lo;
Queria neste momento, ter em meus braços a dona dos olhos cor-de-mel, que vaga tão intensamente meus pensamentos mas que os trata com certo desdém, da maneira que qualquer pessoa que não se importe naturalmente os trataria.

É... nesses momentos eu vejo a lua, escuto o trovão e sinto o cheiro da chuva, sinais que o amanhecer virá logo e que mais um dia se passa, mais um dia e nenhuma resposta, não para o problema de minha vida: a solidão.


http://www.youtube.com/watch?v=f6FDvH0b7II

Goodbye?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Que começo melhor há, se não o fim?

Fim de um desejo, de um amor, de uma vontade.
Início de uma fúria, uma indignação, da realidade.

O solidário não quer solidão.
Não quer ser deixado de lado, não quer ficar parado, olhando os outros alcançarem seus sonhos.
O solidário quer atenção, palavra, pergunta, respeito, quer saber de quem importa tanto quanto quer falar dele pra quem ama.

O solidário quer presença, um pequeno contato.
Quer carinho, quer ficar junto, onlhando somente com sua visão danificada, o rosto tão angelical e tão promissor. Não quer pegar, nãoq uer ficar, há atração, mas há respeito, felicidade e, acima de tudo, confiança;

O solidário... quer uma chance, não obscura mas óbvia, ele quer... ser olhado agora ao invés de julgado pelo passado.

O solidário não quer ir embora, não quer ser estranho, mas sempre acaba sendo.
Aquele que levanta cedo, que agradece a estadia e que entende, que é como um Rei sem Trono, e que como um amante da manhã, tem que ir andando logo.

Mas ninguém quer dar adeus sem ter algo esperando ao horizonte, não há vontade que combata a solidão de um estranho viajante, e, mesmo assim, não se importam, dizem tchau e o esquecem tão rápidamente como se lembraram dele.

Nesse ato premeditado e, ao mesmo tempo, curioso, o estranho solidário assovia e tira seus pés do coração onde estava, saindo assim a buscar seu próprio paraíso, sem "Mary"s nem "Jane"s, só uma única pessoa, para amar e cuidar, sentir e querer, como assim quer, todo estranho,.

Um pouco de roupa e bastante atenção, é só o que se precisa para ter seus amigos ao seu lado.
Ou só o que Deveria precisar.

http://www.youtube.com/watch?v=dyyDyraBnOU

Kayleigh

domingo, 22 de novembro de 2009
Dia de tensão e decepção, enquanto estava a observar vidas alheias, encostado numa fria parede, esperando apenas alguém que disse estar lá... mas não estava.

Logo começava a garoar, uma chuva fina e calma, mas que prontamente afugentava todos os outros que estavam lá, em meio ao estacionamento agora vazio.
Enquanto cada um deles se apressava à entrar, eu ficava me perguntando se era diferente, por esperar, sem medo ou receio de me molhar, aquela que eu pensava gostar.

Talvez... ficando ali eu fosse notado, talvez ficando ali tudo fosse diferente.
Talvez tudo já não seja igual, muito menos normal. às vezes eu me pergunto o quanto da minha maneira de viver é somente algo tradicional, que eu faço pois penso estar de acordo com meus valores e quanto disso tudo não passa de uma falha tentativa de ser diferente, de chamar atenção.

Decepção... nunca com os outros, sempre comigo.
Pra alguém que acredita ter um certo controle sobre o destino, venho caindo em peças demais, seja com tempo gasto, pensando, esperando, articulando e realizando.

Será que vale a pena? Sacrificar-se pelos outros esperando um sacrifício de volta? Será que não é simplesmente melhor viver a minha vida e parar de me importar com outras pessoas?
Não é questão de olhar pra quem me dá atenção, e sim de achar quem queira me dar atenção, ao mesmo tanto quanto queira receber.

E agora resta somente o medo, de falar, conversar, pensar, de ligar e descobrir que tem outro remendando a nossa casa. Receio, medo, decepção, comigo que não fui mais inteligente, que denovo coloquei outra pessoa na frente do meu próprio desejo, e com você, que novamente não foi e não tinha que ser quem eu busco.

Ah, a vontade, de dar uma brusca reação, de apagar o passado e deixar tudo de lado, de trocar de pele com a facilidade de outros, de sair, ir embora e esquecer que todas essas pessoas existem.
Mas ao invés disso, permaneço aqui, buscando sentimentos grandes em coisas pequenas, momentos raros com pessoas que, infelizmente, não passarão de irreconhecíveis estranhos, para nunca mais serem vistos, ouvidos ou levados em conta.

Ao menos por mim.
Mas eles saem ganhando, sempre saem; O sono despreocupado do feliz integrante, desse grupo vasto de pessoas que nada a ver tem com a minha vida.

Cansei de procurar, de esperar que dessa vez seu seja também procurado, e mesmo assim, falta razão, motivo bom para tomar outra ação radical, e somente o ódio fica, o ódio de saber que em um, dois meses isso tudo vai se repetir.

Ê coração burro da porra.
http://www.youtube.com/watch?v=dphpDdfZUGw

30th Day Battle

sábado, 21 de novembro de 2009
30 Dias de espera, 100 de solidão, observando sob um arco de esperança o mar calmo e ainda tão agressivo, olhando o padrão irregular das ondas, que não pareciam vir nem ir, somente batalhavam contra o vento de forma violenta, erguendo as águas alto no céu, indicando a vinda de uma engrandeçedora presença.

Dente de crocodilo, cabeça de lagarto, saltavam da boca da enorme serpente junto de um líquido que não se identificava naquela tempestade.
O mar que outrora estava calmo rugia conforme o réptil grotesco se movimentava, adicionando ao seu barulho o temor dos homens em volta, presos na pequena embarcação, somente olhando e imaginando qual era o pobre alvo da serpente.

Eis que, tão repentina quanto sua companheira, sobe para a superfície outra aberração enorme:
Uma gigante tartaruga, seu casco repleto de espinhos, frutos da formação rochosa que aparentava ser uma pequena ilha.
Os homens começavam a rezar, ajoelhados e com olhos fechados, suas mãos grudadas ao peito, uns pedindo calma, outros redenção; o futuro incerto daqueles poucos marinheiros, num mar infurecido, dançando ao som do confronto de dois gigantes.

O vento cortava o lugar, ao que ambos os monstros submergiam, a calmaria por todo se dissipava, o medo tomava conta do coração de cada um ali, temendo o que viria à subir.
Num único momento o susto foi contido, grito preso na alma, ao ouvir, um por um, os ruídos, o barulho agudo e alto, a cabeça da serpente que era ejetada do oceano, deixando uma vermelha trilha de sangue e o enorme corpo serpentesco que agora boiava no mar.

Todos atentos mas ainda em choque, a observar a ilhota, em busca da tartaruga enquanto a pequena embarcação por si só tentava sobreviver à tempestade.

5 dias de pavor resultaram em nada, nenhuma visão sequer da tartaruga e nem mesmo a calmaria voltou, nem quando o céu clareou e eles viam seu tão esperado destino.

E assim começava, a Jornada ao Centro da Terra.
http://www.youtube.com/watch?v=vGHUPz2TpRo