Seguindo Estrelas

terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Brilho no céu para guiar os cansados, esperança de derrotados, sorriso dos tristonhos, risos dos alegres, choro dos deprimidos, suspiro dos tímidos, pensamento dos calados, estrelas de uma noite em claro.

De pessoas e palavras que fogem ao pensamento, dúvidas ao relento, coisas de buscas por alguém que também procura.
Pela preferência das pessoas, das palavras, da solidão e da quietude, das palavras que se segue e do brilho que se busca, da corrida contra o tempo, do adeus sonolento, presentes em noites de natal, solidão impessoal.

Mas a procura continua, em passos largos na pequena rua, infinita, imponente, ladrilhada com erros, desesperos, acertos e , no fundo, orgulho e respeito, pelo passado que fez verdadeiro esse presente, que por mais amargurado, feliz, acanhado, complicado, complexo, irregular, bipolar.
É meu.

E por mais parecido que o dos outros sejam, nessa noite, o céu estrelado é meu.
Mas ainda assim, o dia no parque via ser feliz, ensolarado, e via ser meu também, nem que amanhã seja de outra pessoa, hoje via ser meu, e seu, e de quem quiser, pra viver, se alegrar, errar, mas, principalmente, aproveitar.

Com acordes interessantes e animados, carros barulhentos e risos desafinados, crianças correndo, pessoas sorrindo, gente pensando, contemplando, vendo do canto o tempo passar e o mundo se inflar.
Magia do verde desbotado, do céu acinzentado, magia da criação do coração, feitio da imaginação em meio ao mundo da visão, do tato e da audição, mais pura e bela combinação.

Ainda assim, o sol as esconde, ciumento, superprotetor, correto em seu pensamento.
Estrelas que só vem para o consolo dos desavisados, dos perdidos e ameaçados, companheira dos iluminados, desprezadas pelos cansados que em seu direito preferem repousar, dormir.

E que no dia seguem palavras quando, no fim, buscam estrelas.

http://www.youtube.com/watch?v=9xT0K34djRg

Heishiro - Pés nas nuvens de gelo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Vento que bate nos dedos da indecisão, lágrimas que caem do céu como uma chuva de verão, como se tivessem como único objetivo molhar os cabelos deste indeciso cidadão.
Cidadão... não, sempre ausente da civilização, observador dos sonhos que surgem de uma invasão bruta de pensamentos e sentimentos, ele, não, nunca.

Nunca na cidade da chuva ele estaria a andar, sempre parado, a olhar o correr dá água no contorno da vida, pronto a reagir sobre o contemplar da substância líquida, como se o tempo não pasasse, como se a ele se subjulgasse.
Mas era uma linda ilusão.
Nunca reparara como tudo que queria estava à beleza do calor, sempre na estrada da angústia e da dor, a relatar a si o que via na chuva, mas com a cabeça nas terras secas.
Não que não gostasse da água, amava, mas os desejos que por ela corriam chegavam ao chão muito rápidamente, mal dava para se sentir na mão o quanto pesavam, pois se em algo tinham afinidade, era o escapar pelos dedos.

E aí reparou. Que na terra da chuva nunca teria aquilo que na seca estava.
Entristeceu-se por um momento, lembrou das questões que toda noite relembrava desatento, e passou a realizar, cada pequenina pista que a vida lhe havia dado, cada pedacinho de papel que aos seus olhos haviam chegado.
E nada mais tinha a fazer, se não sentar-se à beira da calçada e abaixar a cabeça, pois no momento, a única companhia que lhe restava era a do próprio pensamento.

Oxigênio

terça-feira, 12 de outubro de 2010
Essencial, imutável, liberdade, vida.
Combinação de inspiração, libertação da prisão, bolha.

Necessário, vital, reflexivo.
Razão dos tons de azul ao luar, dos tons de amarelo ao solstício, dos verdes do meu pensar, dos vermelhos do meu suplício.
Causa, consequência, razão, essência. Existência.

Oxigênio, alimento desse desejo de fuga, carência dessa asfixia, desse ódio, dessa mágoa, combustível de sorrisos irônicos e sinceros, de mentiras e verdades, de urros e sussuros, oxigênio que faz o meu mundo girar, oxigênio que me leva a pensar, o porquê dessa necessidade banal, dessa existência superficial.

Ensaio de minutos, reações de segundos, pensamentos de horas, formação, reação, nojo, indagação, estorvo, peso, pequeno ou grande, peso, constante.
A falta de espaço ao se dividir o pouco com alguém, a falta de buracos ao se dividir tudo com ninguém, condição do repensar, consequência de se flexionar, músculos e coração, de se abrir e contrair, dos calafrios no calor, dos atos bem-pensados, de se entregar à dor, da fúria planejada.

Enxaqueca derivada do longo caminho de ida, da dor de se pensar no curto caminho de volta, dessas decisões de beira de estrada, dessas pessoas que não nos levam a nada, desses momentos em que damos a cara-a-tapa.

Barbantes e salgadinhos, folhetos e pininhos, papéis amassados, unhas roídas, corações amargurados, coisa de quem te acha um móvel, de quem parou de sair para ver o tempo ruir.

Preciso das minhas idas às luzes da cidade.
Me livrar desse ar fresco de se estar preso, dessa felicidade inconstante.
E voltar à minha solidão verdejante, aos campos belos dos cantos escuros, do cinismo, do observar, de quem espera a agir e ri ao chorar.

Mas que, ao menos, vive feliz em poder se expressar, em sorrisos sinceros, os raios de luz que vê por entre as negras nuvens da mediocridade.

http://www.youtube.com/watch?v=x8dqzTl0vUI

Heishiro - Corredor da Lua.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010
A chuva passara e, por cima do frio asfalto se encontrava Heishiro.
Acabado, desolado.

O tempo não era mais amigo seu e havia lhe dado tudo que podia para fazê-lo estremecer. uma surra, o frio, o calor, a dor, punição temporal por uma culpa atemporal, mágoa que suja a alma e esconde o rosto, flor de pétalas abarrotadas que fecham-se na luz e abrem-se na escuridão, como feitio de um gatuno surrupiador.

E enquanto ficava estirado, ao chão, podia observar, surgir entre as nuvens amedrontadas, a dama da noite, a Lua.
Irreverente, saudosa, bela como nada mais poderia ser, realmente iluminada; A Lua tinha apenas um defeito, único e extremo: era de todos.
E Heishiro se negava a aceitar aquilo, era a pessoa a ficar, por toda a noite, conversando com a majestosa Lua sobre oq eu poderia lhe dar, o que sentia sobre a falta da posse, do contato, da luz que esta possuía, incessantes e intermináveis conversas onde Heishiro nada mais fez se não contar tudo aquilo que teria, qe mudaria e que daria à Lua em troca de uma chance.

Sem resultado.
Como se numa desistência repentina, Heishiro dessa vez a deixara de lado, sequer olhava em sua direção, errando-a sempre nos olhos mas voltando até ela sempre em seu coração.
Uma regressão sem cabimento, sem espaço para aquele sem esperança.

Por dias tentou ignorar a Lua com os olhos, pensando que esta, por um momento que fosse, iria perguntar-lhe sobre o ocorrido.
Mas não era para ser assim.

Heishiro por dias vagou, cabisbaixo, observando nada mais que o asfalto, mas nunca podendo viver sem a lua ao anoitecer.
Por fim, o coração tão forte batia que não mais aguentou, voltou a esta e outra vez se declarou.
A queria para si, para cuidar, viver, guardar, queria algo mais do que os outros tinham, queria de todos roubar o direito do suspiro, do sussuro que vem em meio à noite dar idéias... Heishiro era carente mas, acima de tudo um tanto quanto egoísta.
Queria para si um direito de todos, mas é que a dor de ver a Lua iluminar todos menos ele era um tanto quanto demais, irresistível busca que Heishiro fazia, eterna.

Jornadas em busca de nada mais que uma luz para si, uma Lua à quem pudesse declamar seu amor toda noite.
Achou. Mas não era o mesmo.
A forma, até mesmo o estofo eram muito parecidos com a da Lua mas, ainda assim, aquele mundo não poderia ser feito de ilusões e, com o tempo, até essa substituta se foi.
E agora resta, a Heishiro, pensar em como vai lidar com a perda do seu brilho lunar.

Heishiro - Pensamentos na calçada.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010
A chuva caía, molhando seus cabelos.
Sentada à sua beirada, estava a calçada, imponente e cinzenta, o granito que deixava os pingos escorrerem, sem objeção, a se juntarem na sarjeta, uma bela união.
Em cada um existia para ele uma memória, uma reflexão, pedaços de tempo que se incrementavam como a própria água ao cair, ao se esparramar e, finalmente, ao se unir, ao se juntar.

E como uma pequena poça que na rua estava, o garoto deitou sobre sua companheira, a calçada, a olhar para o céu acinzentado, para os prédios imponentes, para quem neles trrabalhava, lavando as janelas num fútil exercício, numa ação banalizada.
Contemplava o significado das coisas, daquela tão pura água, da maneira que as nuvens faziam ao se mover, ao deixar limpar aquilo que segurava a alma, ao deixar o vento varrer, ao deixar, num dia que era antes tão ensolarado, choever.

Uma gota acertava sua face, errando por pouco seu olho; Escorria, vagarosamente por seu rosto, semblante sutil, desconhecido, comum, incomum.
Se o cabelo molhado era um atentado ao anônimato, o rosto molhado e a posição inusitada eram um atendado à própria inclusão naquela sociedade.
O que lhe fazia aparecer num dia que ninguém tinha o que fazer.

No fundo, Heishiro não era diferente de nenhuma daquelas gotas, sua vida não deixava de se escorrer pelos caminhos do tempo, onde este era apenas o que sempre fora, observador.
Tomava notas, via detalhes, guardava pensamentos atrás de chaves e chaves, eternamente a observar, comportamentos, diálogos, monólogos e momentos de clareza e escuridão, muros e paredes, ondas e redes, útil e agradável, inútil e afável.

Não tinha planos de se levantar, aproveitava a chuva fina com o que tinha a lhe proporcionar, o fim do calor, o fim da dor, a limpeza da impureza, a chave de sua tristeza.
E no fim, apenas aguardou, que a chuva parasse ou que o tempo passasse, para Heishiro, já não havia mais diferença.

Nem Pensar.

domingo, 3 de outubro de 2010
Indiscutível.
Essa calma, essa aquietação, até demais para o meu ser, até demais para poder sequer ser.
Tem um quê de esperar, de ver o frio passar, é como se a urgência da busca, a adrenalina da caçada, a dor da decepção e a esperança da conquista houvessem... se apagado.

É o frio da calmaria, do ventinho, da brisa que passa, que apenas acalma o fogo da alma.
É o frio dos sorrisos gelados das noites de sábado, de felicidade questionável, turbulenta, mas especialmente, lenta.

Enquanto o coração se aquieta, a mente atiça, tal qual uma criança serelepe, procurando problemas onde existem e onde não existem.
No fundo, a calma vem, bem ou mal, mal ou bem.

E quando vem, torna-se difícil não a apreciar.
E então, a beleza da tristeza, da falta de moral, do baixo-astral, a beleza daquilo chamado de feio brilha, como um sinal ao fundo do mar, acenando que ali está para quem quer que arrisque ir buscar fogo para a paixão, desordem para o coração, caos para a mente, felicidade para a gente.

Coisa de palavras, de frio quente e gelo gelado, de gaita no verão e viola no inverno, cachecóis e gorros, óculos e granizo, dúvida, questão, aceitação, lógica, premeditação, premonição, previsão.
Mas acima de tudo, questão de conteúdo, de fugir ao só rimar, de escrever com a presença do 'pensar', do 'contemplar' e, finalmente, do 'revisar'.

Parecendo toda uma nova forma do 'ver', do 'olhar', pesquisa a ser feita para quem quer resultados escavar da história da vida e da morte, para quem acha que finalmente deu sorte, pra quem não se importa com aquele pequenino corte na ponta do dedo.

É não querer mudar, é querer se preservar, na música, na aparência, nas letras, nas palavras.
Medo de fabricar, medo de crescer, de se responsabilizar, é acreditar no que não se sente, no que não se vê.

Reviver erros e acertos, ainda mais devagar, como se buscasse o nexo no paladar, numa memória distante do mdo  único de pensar, como que se quisesse achar por radar, aquilo que o mundo tem a lhe dar.
E, no fundo, esperar, que se deu certo, foi pra valer...

Eu em.


http://www.youtube.com/watch?v=JWdjRS_KAUM

Heishiro - Uma noite na alvorada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Pingos perfurosos, pérolas de nuvens pesadas qeu da viagem desistiram, dissipando-se ao céu acinzentado.
Na distância uma formiga, vestida à  carater no dia cinza, passeando por entre as demais como que sem rumo, num andar desajeitado e ritmado, vislumbrando o céu, contemplando o existir, tal qual as lágrimas em seu rosto não formassem mistura com os pingos da chuva.

Na sua mente, o cinza parecia clarear, virando um branco a ser preenchido, coisa que não demorava a fazer, com emoções, tintas feitas de pensamento, azuis celestiais, verdes imaginativos, tons de vermelho que percorriam o caminho da mente por entre os vãos das unhas.

E, nauqela mente contemplativa, o branco passeava, criava tela para as demais cores, criava métodos para  aformiguinha se orientar e, mais importantemente, arrumava aquela bagunça, ajudava a colocar as coisas em seu devido lugar. Cabisbaixo, o garoto olhava, hipnotizado, preso na cadeia em que havia sido colocado, por própria vontade, que deixava-se alienar, reprogramar, reproduzir, repensar.

Era um completo re-início, com a astúcia de um felino, organizava a cabeça e procurava algo em seu bolso, enqaunto os olhos, esverdeados, eram ágeis a notar o que lhe consumia, lhe rodeava.
Os desejos dos outros, anseios emocionais individuais que criavam barreiras ao avanço pessoal, pedras a serem dependuradas, cadarços desmarrados, botas encardidas.
Por entre o pano azul, decorado, o menino via brilhar os próprios olhos, fascínio no reflexo do próprio olhar, no brilho do amanhecer chuvoso, do zíper de sua blusa.


E conforme este fechava, a mente do garoto seguia, voltado a arrumar suas roupas e, como uma formiga ao chão, resumir a então-eterna caminhada.
E uma parte de si sabia o quanto tinha ganhado e quanto tinha perdido, tudo aquilo que os anos lhe trouxeram e os segundos lhe roubaram, tudo aquilo que, de um modo ou de outro, havia acumulado.

Cheia de Charme.

terça-feira, 24 de agosto de 2010
De discussões da onde falta o sentido a monólogos onde pairam os ouvidos, curiosos como o coração, caçando sempre um sentimento, uma informação, uma pista para um mistério qualquer, pequeno ou grande, desde que o desejo sacie.

Uma paixão eclética, que muito se move, que sempre muda, estando onde nunca quis estar, trocando de lugar, inconstante.
Motivo de busca, de procura, pessoa por quem se investe, por quem a sensação se preza, por quem pinta-se paredes de cores confortáveis, que tenham mais sentido que o simples gostar, que façam mais que espaço preencher.

Pessoa por quem se cria tonalidades, timbres, frequências, códigos, palavras, imagens, por quem se re-arranja letras, frases, gestos, exemplos, sempre exemplos, de amor, afeição, desejo, saudade, medo, por quem o orgulho se esquece para que se dê o perdão.

Aquela sensação calorosa de tudo se ter, de as paredes reinar, dos muros governar, de ver significado em cada canto, na dependência daquela pessoa ao lado, tão única, tão singular, sem ter outro qualquer par.
Aquele amar de coração aberto e olhos fechados, sem amarguras do presente ou do passado, de noites bem dormidas com saudade, de apertar a cama, o colchão e o travesseiro, morder-se de vontade de ter aquela bem perto para poder então morder.

Pela necessidade de alguém para preencher os quartos, presente ou não, com um ânimo revigorado de um novo papel na parede, uma nova construção, sem medo de ver desabar, sem medo de o rumo perder, a segurança de pedras, rochas firmes e estáveis, coisa que muita gente procura, de dia e de noite, ao claro e no escuro, ao leste e ao oeste, sul e norte.

Resposta para incertezas, motivo de rissos, bobos, inocentes, felizes.
Fim para as amarguras, fim para as fraquezas, motivo de força, de vontade, de desejo, realidade.
Sempre aquele perfume de novo, de coerente, de certo, de paixão, de amor.
Sei lá!

http://www.youtube.com/watch?v=ad0gseS3Aac

Janelas

terça-feira, 27 de julho de 2010
Que revelam o mundo aos curiosos, que relevam o olhar dos rebeldes e que são fechadas aos criminosos.
Janelas entreabertas ao anoitecer, iluminadas pela cidade dormente, pontos alaranjados ao horizonte, colorindo o escurecer da noite com fragmentos de uma imagem, imaginada por meu ser desde o entardecer, desenhada pela mente e concretizada pela gente que ali vive.

Sentimentos de solidão que se consolidam com a responsabilidade, com o olhar solitário para o escuro, o garoto ali parado, em frente à janela durante a madrugada, hipnotizado pela beleza daquela paisagem, tão bem escondida, tão natural, tão bonita.

Uma lembrança desordenada, do adeus à solitude, à opção, às sombras.
Abraçar a responsabilidade, abraçar a briga pelo amadurecer e deixar de lado a vida pacata, o passado chorado e aquietado, tão calmo.
Quando lágrimas existiam, quando não era um mar de alegrias e felicidade, quando a noite tinha significado, quando o tempo parecia ter parado.

Sentir saudades da tristeza, da solidão, de tudo que venho abrindo mão parece um tanto quanto diferente, inusitado, coisa de garoto qeu se dá ao luxo de flertar com o negro passado, como se ameaçasse revê-lo para dar-lhe as costas, tão seguro que não seria nunca sorrateiramente agarrado.

Problemas de uma noite não dormida, questões de uma janela aberta numa madrugada enevoada...

Frame by Frame (continuação.)

quarta-feira, 7 de julho de 2010
Não quero te machucar, te magoar.
Nunca foi objetivo, nem intenção.

Sabe que te quero feliz, te quero animada, alegre, fofa, do seu jeitinho e só do seu jeitinho.
E que te quero assim, comigo e só comigo.

Não quero que tudo isso vire memória, não quero ter que procurar outra pessoa, quero você, hoje, amanhã, ontem e sempre que puder.
Mas quero um relacionamento estável, quero me sentir seguro, alegre também.

E nesse momento não estão assim as coisas.
Te vejo com uma certa frieza, indiferença, coisas que meses atrás não via.
Sinto falta de te ver dedicada, animadinha e alegre, sem rostos sem emoção, sem rostos irônicos, cínicos.
Apenas um sorriso, de segunda a sexta o sorriso de sábado, de domingo.

Não quero me sentir usado, não quero me sentir brinquedo.
Quero me sentir amado, quero me sentir seu.
Porquê todo esse processo me mata, pouco-a-pouco.

Esse ir e vir que estraga tudo que tentamos construir, essa turbulência constante que não nos deixa progredir.
Sabe que te amo mais que a todo mundo, que tudo que queria era te ter perto, para que pudéssemos viver mais de felicidade que de tristezas, mas se isso não é possível, também não podemos ficar assim.

Tenho minhas falhas, você também, mas realmente creio que conversando nos resolvemos, porquê não quero abrir mão de tudo isso, dessa relação.
Não com você.
Não com a garota que eu amo.

Frame by Frame

terça-feira, 6 de julho de 2010
Esse incessante ir e vir não poderia ser outra coisa se não desgastante.
Essa mudança repentina e intensa de humor, do jeito de tratar, dos modos ou da falta destes.

Outro dia ouvi um dizer, sobre as coisas que se faz no início de um relacionamento com o simples intuito de agradar, aquilo que tem raízes na tolerância exarcebada.

Naquele momento, pensava na minha sorte em estar num relacionamento onde aquilo que parecia regra era exceção; Lêdo engano.
Esse carinho que só existe na proximidade, essas palavras doces e sutis que somem conforme nos afastamos...
É insuportável.

É um defeito a sobrepujar todas as qualidades.
Não adianta ter meio relacionamento, não adianta ter meia felicidade;
Deixou de ser atenção, realmente deixou.
Passou a ser compreensão, a falta desta, do afeto, do calor.

Isso invalida, um a um, cada elogio, cada murmúria feliz, cada palavra que eu jurava ser verdade.
Faz-me tolo, um estúpido acorrentado desse sentimento que aparece apenas nos finais de semana e feriados.
E todas as coisas que eu dizia se tornam palavras vazias, reclames em vão, com esse vazio que não é solidão.

E tudo aquilo que eu ouvia meses atrás, aquelas coisas tão simples e significantes, que pareciam ignorar essa distância, coisas que revelavam nada mais que a nossa vontade, se perdem, esvaem como água corrente.
Parece que em cinco meses cansamos, de um aturar o outro na mesma condição que estávamos quando, cinco meses atrás, começamos.

Então eu fico no meio da noite, pensativo, me perguntando o quão patético deve ser esse meu medo de te perder, essa minha vontade de ficar com você.
Me sinto idiota, brinquedo, cachorro, aquela velha sensação de biscoito mordido e jogado.
Aí jogar tudo para o alto me parece a melhor opção, a mais digna, a definitiva, a que finalmente acabaria com esse ir e vir tão... desgastante.

Mas daí eu perceberia que... mulher nenhuma no mundo me trataria como você o faz qunado estamos perto.
Mas daí eu perceberia que... o jeito que você me trata quando estamos longe é idêntico aquele que todas as outras me trataram.

Pra mim só fica a impressão de que você cansou desse relacionamento, cansou de sentir, cansou de tentar, cansou de mim.
E quando você diz que cansou de baixar a cabeça, eu só tenho a questionar:
"Porquê então foge da briga?"

~

sexta-feira, 2 de julho de 2010
Há uma gritante diferença entre um blog e um diário.
Algo sobre essa privacidade fantasiosa, esse algo de uma identidade a ser revelada que dá uma segurança surreal.

Talvez o fato de alguém saber quem digita tire, de fato, essa tal segurança.
Afinal, um diário é um diário.
Palavras sem sentido, frases sem rumo, barulhos desconcertados que insinuam-se aos meus ouvidos durante um texto qualquer num ótimo seriado.
Ruído das ruas, de pessoas extasiadas, de uma hora diferente, uma hora animada.
Animação com razão, animação com propósito simples e único de distração.

E volta aquele velho discurso, uma desculpa de um texto elaborado que mascara uma verdade descarada.
Uma vergonha com jeito de medo, que me deixa com receios, que coloca um breque em meus planos.
Porque, afinal de contas, um diário é um diário.

E lá um dia eu escrevi sem medo de que pessoa alguma fosse ver.
Isso simplesmente não acontece aqui.

Consequências de demônios no meu armário, de vidas trapaceiras e músicas inspiradas, cujas palavras eu roubo tal qual fossem de minha autoria.
Tão dita 'inspiração', palavras bem ordenadas com uma fonética que aos ouvidos agrada, nada mais, nada menos, trabalho tão dito intelectual que não passa de uma pequena farsa.

Mas uma bem-sucedida.
Escrever sobre os meus problemas parece uma forma tão... fácil.
Fácil de esquecê-los, fácil de mudar o assunto, fácil de ver o mundo com os meus próprios olhos.
Egoísmo, egocentrismo, emoções, criadas e forjadas, mantidas e manipuladas.
Um desejo de ajudar, de ver crescer, de ter posse, de passar o tempo, de rir, chorar, gostar, crer, amar.

Uma confusão, um medo, outra emoção, a perda, a falta, a solidão, a distância, o tempo, a lembrança.
Tem uma hora que o Desejo de continuar é tomado pelo Medo de perder.
Quando aquela sempre presente Vontade  de estar passa a ser outro problema, outra confusão.
Medo da solidão?

Medos, medos e medos, receios complicados, receio de interferir, medo de mudar, medo de tentar, de conseguir e de falhar, medos espalhados e concentrados, problemas solitários, medo de não voltar a ser só, medo de ser só.
Ser só Eu e meus Medos.

Lovers in the Wind

quarta-feira, 26 de maio de 2010
E de repente, parece-me tudo errado, cada concepção, cada opinião, parece que cada uma delas foi uma tentativa de fuga inusitada, uma pequena desistência da felicidade, cria do medo, da insegurança; parte da minha própria fragilidade.

E aí eu passo a te dever tudo que sempre te prometi, a felicidade, a compreensão, comunicação, honestidade.
Me vejo fechado, resoluto a seguir só o que eu desejo e mesmo que considere tudo que sente, tudo que pensa, reluto.

São pensamentos perdidos no vento, esses de eu e você.
São facetas de uma alegre realidade, essa de um lugar chamado "nós".
Como se após muitos e muitos momentos de instabilidade, de tristeza, brigas e distância, finalmente tivesse chão firme pros dois, pra pisar e se deixar afundar, viver o momento, os dias e ficar a ver, como tudo se vai pelo vento.

Uma música triste com um final feliz, que tem mais cara de meioq eu de fim, de começo quem sabe, porque por um lado, esse "eu e você" ainda inexiste, ainda tem uma distância antes de a gente ser "a gente".
Não é questão de sentimento, nem de emoção, nunca houveram dúvidas nessa única questão.

Foi sempre tudo claro pra mim, a minha necessidade, a minha vontade, todas residindo em você.
E vai ter quem olhe e diga que ainda é pouco, sempre terá.
E vai ter quem esteja ao seu lado nas piores horas, tentando te fazer fraquejar e colocar tudo à perder.

E eu quero ser tão forte quanto você, para nunca me deixar tentar, porque de maneira alguma eu quero pensar em não te ter, longe dos braços mas perto do coração.

E... como uma música feliz, inspira-me a confiançã, o ânimo até na pior das horas, que me faz acreditar nisso que a gente tem, tão diferente e tão bonitinho, tão resistente e tão fofinho, esse "Eu e Você", de abraços, beijos e carneirinhos ou, que sejam, ovelhinhas.

Talvez seja essa a minha primeira declaração direta aqui, a primeira vez que escrevo com nomes, revelando um ponto à mais que uma simples imagem, mas tanto euq uanto você sabemos o quanto isso vale a pena.

Te Amo.

Hide in your Shell

quarta-feira, 19 de maio de 2010
Tema de cada uma das minhas inspirações, fator comum nesse meio-tempo de emoção, esse pernoite da minha mente que por muito durou, essa brincadeira que vem me usando e me tirando o sono por laguns meses à fio.

Parece que... chove lá fora, mas não está tão frio assim, está... suportável.
Solitáriamente suportável.
Aquela pessoa que me era uam necessidade tão grande passa a ser uma dor-de-cabeça um tanto quanto opcional, uma visão diurna e noturna, algo que eu desejo... talvez esquecer.

E assim parecia que meu mundo tomava cor, que os tons de cinza passavam a brilhar diante os olhos, como um dourado reluzente, cores e cores infindáveis que hipnotizavam a alma.
Então, fácil assim, o dourado perde seu brilho, as cores empalidam-se tão ridículamente que tudo aquilo passa a ser uma desforra, uma gozação, uma peça mal-pregada.

E a questão passa a ser: Porquê aqui, sozinho, está tão quente?
Porquê o calorzinho tão agradável que eu via antes desapareceu assim, do nada?

Talvez aquele calor fosse carência.
Talvez tudo aquilo não passasse duma enganação própria e só agora meus olhos estejam abertos.
Talvez eu... esteja certo.

 A verdade é que, de-repente, os defeitos se agravam, o cansaço aumenta, se intensifica e... o ânimo desaparece, a vontade decresce e tudo aquilo qeu um dia foi, desaparece.

Frio

sexta-feira, 30 de abril de 2010
Pouco tempo...
São pensamentos que não batem, dores que corroem, coisas que se empilham no silêncio de um "nada", de uma confissão pequenina e oculta, que lado algum quer explicitar, nem ler, dizer ou brigar, ouvir!?
Nem pensar.

E daí as promessas parecem vazias, os comentários fúteis, as sensações...sem razão alguma, tudo em vão.
Porque a imagem permanece, o julgamento inalterado, o coração inabalado.
Tempo vai, tempo vem e nada muda, tudo na mesma, meses sem significado, meses no passado.

No final das contas, fica explícito um e só um desejo, o daquela pessoaque vai alguma coisa mudar e ficar para ver, sem ir embora, sem desaparecer, apenas acompanhando e cumprindo aquela promessinha à beira de um rio...
"Eu vou viver a vida com você."

Sem mais o que comentar, o escrever é aquilo que fica, seja por vontade ou por necessidade, é o modo, e o único modo que tenho para transcrever o que penso, o que sinto, pois não confio em mais de uma pessoa para o que eu digo ler.

No fim das contas, a mão ainda digita, a mente ainda formula mas, como sempre, a boca se cala e o coraçãose fecha, frio como deve ser, para que ninguém com ele venha se meter.

Chuva...

sexta-feira, 26 de março de 2010
Sem canções, sem menções, chuviscos desanimados num dia de céu acinzentado, fim de tarde quentinho, abafado.
Pés no chão, mochila nas costas, mãos na cabeça.
Tira a camiseta, coloca a blusa, guarda mochila, olha a chuva, pega as chaves, abre a porta, fecha a porta, desce pelas escadas, volta, destranca a porta, pega o mp3, tranca novamente, desce, pronto, tempo parou.

Abotoa a blusa, sobe o gorro, coloca o mp3 num bolso, chaves no outro, dá um "Boa Tarde" pro porteiro, sai pela porta.

Atravessa a rua, olha o sinal, passa correndo, sem tempo nem para um "tchau".
Respira fundo, olha o céu... ainda cinza, ainda escurecendo, ainda chovendo.
Pingo na lente do óculos, pingo na maçã do rosto, sorriso abobalhado, alegria de quem vive no passado.


Caminhando em passos pequenos, com a mente presa no tempo, o caminho se faz cada vez mais molhado, mas nada que encomodasse. Chuva de Verão.
Pessoas com aparência de dia de chuva, cansadas, desanimadas, doídas, apressadas, normal, comum, feliz até.

Entra no supermercado, blusa molhada e mp3 no bolso, fone no ouvido e cesta na mão, fazendo a escolha de pequenas coisas contando com o calor do coração.
Chocolate, pão, sucrilhos, arroz, feijão, água?
Não, leite.
Fila pra pagar, momentinho de esperar, esperar pra ver se o tempo volta a correr ou se ao menos o caixa do lado começa a esvaziar.

Pronto, item a item, código a código, dados estranhos e números somando uns aos outros, maquinação da automação, facilitando o processo de evolução, filosofia essa do caixista e do empacotador, únicos elementos humanos ali.

~

"- Boa tarde.
Boa Tarde, Cliente Mais?
- Não.
Nota Fiscal Paulista?
- Também não.
37,90, Senhor.
- Débito por favor.
Pode colocar a senha.
- Pronto.
Muito obrigado.
- Eu que agradeço, de verdade."

Ato de pegar as compras, ajeitadinhas e arrumadinhas, agradecer o empacotador que parecia mais jovem que eu e sair para a chuva, um pouquinho mais forte, resolver o que faltava: O presente.

Andar, andar, sacolinhas na mão, ver se a lojinha ainda estava aberta, àquela hora, naquela chuva.
Sorte!

"- Oi tio!
Oi
- Dois reais, né?
Isso.
- Com mais sete...
Nove.
- Ah, pode ficar com o troco, tá chovendo e eu tou meio sem bolso.
Não, que isso, pega ao menos um pirulito, alguma coisinha assim.
- Pode ser esse de laranja?
Claro.
- Brigado, tio.
Olha, tem mais revistas, uns mangás ali, se você quiser ver...
- Eu passo aqui todo dia no caminho pra escola, segunda eu olho com mais calma que tou com medo da chuva apertar, aí ja viu, né?
Certo certo, até então.
- Tchau, tio."

Pronto, missão cumprida e agora é só voltar, LP debaixo do braço e revistinha do Batman na mão, esperando que não molhe durante essa chuvinha de verão.

Mako

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Verdes olhos esverdeados, infundidos com essência incompreensívelmente vital, vendo o qeu se passava nos campos alegres com o vento sensato, batendo sobre seus ombros preocupados.

tomado por um sentimento de emoção e solidão, descobrira então que seu desejo era só caminhar, mas um só acompanhado e outrora novamente solitário, solidário, escrevendo à mão as crônicas da sua própria aventura, sem nenhum outro ser a opinar ou com ele visualizar, era o seu sonho, de não ter pelo que se responsabilizar duranto o viver pelo sustentar.

Mas não sabia como começar, o objetivo estava tão longe do seu alcance, da distância que seus dedos podiam segurar...
Uma leve depressão tomou conta, negros sentimentos apossando-se do ser calmo mas confuso, tomando seus turbilhões internos, sempre conflitantes como casa e chamando de lar aquele jovem que na vida a felicidade ia buscar.

Memórias de diversas cores sussuravam em seu ouvido, palvras em amarelo, verde, preto, castanho, sentimentos rosa, marrom e vermelho, dizendo a ele para abraçar sua solidão, buscar conforto de volta em sua paixão, deixar o mundo e nunca mais estender sua mão, ou apenas... deixar-se consumir até mesmo em seu coração.

E ainda asim... aquele verde era tão bonito... que não queria levantar-se, nem mover-se, apenas admirar os campos mais uma vez, olhar sua beleza intangível mas maculável, suas cores tão belas e que tanto agradavam seus esverdeados olhos...
Era um calor subindo seu ser, uma sensação de busca, exploração, de fugir de sua caverna, seu lar, de deixar as rodinhas de lado, largar da mão do planeta e arriscar caminhas para onde o vento o fosse levar.

Assim foi, andando e rimando, até que encontrou nas palvras o seu início, meio e...
Fim.

http://www.youtube.com/watch?v=jzz5cVt70j8

Acabou-se? Por um tempo, espero...

Truth

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Feliz felicidade, que agora me motiva a escrever, pequena alegria encontrada ao longo do caminho do meu viver.
Acho bem que agora minhas escritas vão se encurtar, pois por um breve e intenso momento com uma dona ficaram a passear.

Momentos vagos desse lindo verão, onde explico por fim as razões do meu coração; Tempo pequeno onde posso viver, tendo a distância como único obstáculo ao meu ser.

Ver, pensar, ouvir, rimar.
Consequências e mais consequências da conjugação do verbo "Amar".

Bobo e apaixonado, adjetivos que finalmente encontraram direção, quando dela ganhei, o Coração.
Besta felicidade, espero qeu dure, e que não tão logo meu ser se amargure.

Fica aqui a verdadinha que tirei desse mês: Que não é preciso rimar pra falar de amor, mas que rimar fica sempre mais gostoso quando não falamos de dor.

http://www.youtube.com/watch?v=Pkhfl04q0VM

Owner Of A Lonely Heart

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Sem pressão, sem prisão, só a simples observação, do meu canto isolado, do meu modo nada atirado.
Calmo, vendo o tempo passar, mas inquieto, vendo a vida ser levada pelos ventos da inconstância, vendo o mundo viver enquanto aqui fico, parado, pensando se um dia serei o alvo ao invés do atirador.

Sensação de carência e ganância, de sempre querer mais nessa infindável busca por simples... companhia.
Amizade, caridade, felicidade e camaradismo, que não sejam meios para um simples fim, mas o fim para a necessidade de meus meios.

Visão de verbos em sua mais bela forma conjugados, trilhando seu caminho de lábios formosos até meus atentos ouvidos, carentes por lindas palavras que ecoem de verdadeira forma, dominando corpo e alma com simples moção, pequena e real emoção.

Vontade de sentir e vangloriar, aquele calor que vem de dentro e de fora, que você emana e sente, quando está como quer onde quer.
Vontade de escolher o que sinto e quando sinto, fazer meus momentos, minha sina e minha sorte, viver tudo aquilo que um dia quis viver.

Não quero ser uma rocha, sem sentimentos ou vontades, apenas vendo os dias passarem, não quero ter medo de me arriscar nem de magoar.
Não me importo de chorar, desde que motivo exista e esteja lá, não temo a alma limpar nem de os olhos molhar, só temo ter erguido uma armadura, uma proteção, desviando com timidez e estupidez os sentimentos que tanto busco.

Ainda nao é a hora, mas logo será, de dizer as duas mensagens com o significado de uma só, desde a Rocha até em Casa, onde é meu lugar.
No fim, o que resta é o medo meu de fugir e de não mais criar, de muros enguer e de que ninguém mais consiga passar.

Qual o inesquecível porquê, desse nosso medo tão grande de nos doer?
-
 http://www.youtube.com/watch?v=BWvzZCZF1gw

Swept Away

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Tempo que se varre com o próprio tempo, dissipa illusões criadas pelos batimentos de um coração acelerado, trazendo à terra sentimentos no espaço aflorados, capazes de percorrerem continentos no estalar de dedos, como sensações únicas e quasi-atemporais, riscando a própria fábrica da realidade como uma chave na mão de uma criança.

Melodias harmoniosas, tons graves que enchem um corpo ôco de movimentos unortodoxos, baançando-se em ritmos diferentes e únicos, que duram tanto quanto o som que os motiva, dando um rápido clima de ânimo para um quarto pequeno e fechado.
Sons que acordam memórias, pensamentos que acompanham os sons, tudo num ambiente digno do mundo do amor aquoso, liberal mas ainda assim seletivo, que aleatóriamente se multiplica, se inicia e se acaba, num espaço de tempo tão intenso que se torna indescritível.

São vozes que para sempre se propagam, criando uma sonoridade única, deixando seu ser exposto para o cosmos ver, olhar e observar, formas de vida que instigam o estudo, o progresso dessa linguagem cujas palavras tem a capacidade de se unir sem sentido algum formar, com o simple toque de dedos numa tecla, enumeram-se em variados caracteres, significados e som, sempre sem ser linear, sem ser bom e sem gostar, rimar com tudo que se encontra no olhar e que se sente pelo paladar, isso sim, é criar.

http://www.youtube.com/watch?v=I_B7MgsYObA