Camaraderie

quinta-feira, 30 de julho de 2009
Amizade é coisa estranha, preciosa, deixa alegre, feliz, triste, chateado, é relação sem muito egoísmo e as vezes com egoísmo demais.
Parece um pouco como paixão, no papel, mas é diferente na prática; mesmas sensações, diferentes situações; quem sabe.

Temos colegas e amigos, um tem o dever moral de ao menos querer te ajudar e o outro tem o dever moral de te ajudar como puder;
Não se pode ser amigo de todos, amizade é que nem qualquer outro relacionamento, só funciona se ambas as partes estiverem de acordo.
Mas o que é o camaradismo, o coleguismo?
A amizade com a presença do individualismo. É pensar se vai ajudar, pensar se tem tempo pra ajudar; Ajudamos nossos colegas, mas sempre tentando nos sacrificar o mínimo possível.
Mas ajudamos nossos amigos, sacrificando o que for necessário.

É triste saber que alguém não quer sua amizade, que alguém é gentil, amigável com você mas, mesmo assim, não te quer como amigo, não divide os aflitos e nem todas as glórias;
Não precisa pedir ajuda nem mesmo pedir um ombro, só aceitar quando lhe for oferecido na hora correta.

Nem sempre é ato consciente, mas amizade também é amor, de sua própria maneira.
Amor, preocupação, felicidade e tristeza; Esses dois últimos estão presentes em tudo que nos importa, coisas irrelevantes não podem afetar nosso humor.

Concluo dizendo que amizade é risco como outro qualquer; Então arrisque, veja quem é seu colega e quem é seu amigo, mas preste atenção, um colega pode estar ao seu lado, querendo nada mais que sua amizade.

http://www.youtube.com/watch?v=pWZ4Kh04rOM&feature=channel_page

Another Day

quarta-feira, 29 de julho de 2009
Dia quente, sol brilhante...
Choveu por 15 minutos... logo pela manhã, um olhar pela janela seguia tristonho, pensativo.
"Droga!".
Planos arruinados, compromissos re-agendados; Mais uma manhã chuvosa, pensou.

Decidiu que mudaria isso. Mudaria tudo!
Saindo da cama, pegou qualquer roupa e foi andar, olhar em volta; Via as pessoas, poucas pois ainda era cedo... pensava consigo mesmo:
"O que elas pensam? Será que elas conseguem me ver também?".

Continuava a caminhar pela vizinhança, morava lá a tanto tempo e mesmo assim parecia tudo desconhecido a ele, nunca tirou um tempo para prestar atenção em todos os anos que viveu por lá.
Se lembrava das árvores, prédios, construções, de cada loja! parecia que suas memórias eram as dos outros, nunca fora alguém de sair muito.

Um bairro que guardava toda a vida dele, toda a vida de muitas pessoas... quanto tempo pensamos nos outros? Quanto pensamos no que os outros pensam?
Todos os dias vemos, ouvimos, olhamos tantas pessoas, de aparências e idades diferentes... e quanto sabemos delas?

Até mesmo o ser mais altruísta é individual, não há tempo para não ser; Pois mesmo que ouvíssemos as histórias, soubéssemos da vida de cada uma pessoa, cada um ser humano que passa por cada um de nós, não conseguiríamos nos lembrar daquilo todo dia.

Queria ele ter tido essa reflexão, voltaria para seu lar um pouco mais triste, sabendo do óbvio, que nunca conhecerá os outros tão bem quanto deseja, que sua curiosidade é e sempre será insaciável.

Pois o drama da vida não nos deixa escolher muitas personagens.

http://www.youtube.com/watch?v=DfZqXLnBYb4

Bloqueios

segunda-feira, 27 de julho de 2009
Inaugurando o inaugurável, vida que se alastra com seus pensamentos que vêm e vão em meros minutos, inundando a mente com palavras sem nexo.

Sentimentos vindos do som, me trazem memórias de momentos que nunca vivi, coisas que planejo ao futuro e coisas vistas por olhos de terceiros, desejos ocultos e infantis, "coisas de criança".
Deito-me quando chega a madrugada, penso em não levantar no amanhecer que está por vir, ver se consigo provar que a Lua fica mais que o Sol na minha vida...

O frio instaura-se pelo meu corpo, não é a temperatura, nem mesmo medo, é um frio que vem de dentro, que se espalha até minhas extremidades mas não deixa minha carne, frio que desaba, consome, imobiliza.
Desejo de mover esvai-se de mim, agora nada mais que uma casca, levanto-me assustado e olho, com a visão ainda borrada, o que me parece ser o relógio.

"É hora de acordar", ouço em minha mente um sussurro, uma voz que hoje não mais está por perto e que me traz memórias melancólicas de um tempo onde a vida era mais fácil;
Olho para o lado, não há ninguém, existe um brilho, fruto de um desejo não realizado.
Esfrego os olhos, como se disesse para mim: "É... o Sol."

E assim começo outro dia, com a única esperança de que desta vez, somente desta vez, a Lua vai durar mais, por mim.

"Aí um analista amigo meu, disse que desse jeito, não vou ser feliz direito."