Janelas

terça-feira, 27 de julho de 2010
Que revelam o mundo aos curiosos, que relevam o olhar dos rebeldes e que são fechadas aos criminosos.
Janelas entreabertas ao anoitecer, iluminadas pela cidade dormente, pontos alaranjados ao horizonte, colorindo o escurecer da noite com fragmentos de uma imagem, imaginada por meu ser desde o entardecer, desenhada pela mente e concretizada pela gente que ali vive.

Sentimentos de solidão que se consolidam com a responsabilidade, com o olhar solitário para o escuro, o garoto ali parado, em frente à janela durante a madrugada, hipnotizado pela beleza daquela paisagem, tão bem escondida, tão natural, tão bonita.

Uma lembrança desordenada, do adeus à solitude, à opção, às sombras.
Abraçar a responsabilidade, abraçar a briga pelo amadurecer e deixar de lado a vida pacata, o passado chorado e aquietado, tão calmo.
Quando lágrimas existiam, quando não era um mar de alegrias e felicidade, quando a noite tinha significado, quando o tempo parecia ter parado.

Sentir saudades da tristeza, da solidão, de tudo que venho abrindo mão parece um tanto quanto diferente, inusitado, coisa de garoto qeu se dá ao luxo de flertar com o negro passado, como se ameaçasse revê-lo para dar-lhe as costas, tão seguro que não seria nunca sorrateiramente agarrado.

Problemas de uma noite não dormida, questões de uma janela aberta numa madrugada enevoada...

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