Kayleigh

domingo, 22 de novembro de 2009
Dia de tensão e decepção, enquanto estava a observar vidas alheias, encostado numa fria parede, esperando apenas alguém que disse estar lá... mas não estava.

Logo começava a garoar, uma chuva fina e calma, mas que prontamente afugentava todos os outros que estavam lá, em meio ao estacionamento agora vazio.
Enquanto cada um deles se apressava à entrar, eu ficava me perguntando se era diferente, por esperar, sem medo ou receio de me molhar, aquela que eu pensava gostar.

Talvez... ficando ali eu fosse notado, talvez ficando ali tudo fosse diferente.
Talvez tudo já não seja igual, muito menos normal. às vezes eu me pergunto o quanto da minha maneira de viver é somente algo tradicional, que eu faço pois penso estar de acordo com meus valores e quanto disso tudo não passa de uma falha tentativa de ser diferente, de chamar atenção.

Decepção... nunca com os outros, sempre comigo.
Pra alguém que acredita ter um certo controle sobre o destino, venho caindo em peças demais, seja com tempo gasto, pensando, esperando, articulando e realizando.

Será que vale a pena? Sacrificar-se pelos outros esperando um sacrifício de volta? Será que não é simplesmente melhor viver a minha vida e parar de me importar com outras pessoas?
Não é questão de olhar pra quem me dá atenção, e sim de achar quem queira me dar atenção, ao mesmo tanto quanto queira receber.

E agora resta somente o medo, de falar, conversar, pensar, de ligar e descobrir que tem outro remendando a nossa casa. Receio, medo, decepção, comigo que não fui mais inteligente, que denovo coloquei outra pessoa na frente do meu próprio desejo, e com você, que novamente não foi e não tinha que ser quem eu busco.

Ah, a vontade, de dar uma brusca reação, de apagar o passado e deixar tudo de lado, de trocar de pele com a facilidade de outros, de sair, ir embora e esquecer que todas essas pessoas existem.
Mas ao invés disso, permaneço aqui, buscando sentimentos grandes em coisas pequenas, momentos raros com pessoas que, infelizmente, não passarão de irreconhecíveis estranhos, para nunca mais serem vistos, ouvidos ou levados em conta.

Ao menos por mim.
Mas eles saem ganhando, sempre saem; O sono despreocupado do feliz integrante, desse grupo vasto de pessoas que nada a ver tem com a minha vida.

Cansei de procurar, de esperar que dessa vez seu seja também procurado, e mesmo assim, falta razão, motivo bom para tomar outra ação radical, e somente o ódio fica, o ódio de saber que em um, dois meses isso tudo vai se repetir.

Ê coração burro da porra.
http://www.youtube.com/watch?v=dphpDdfZUGw

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