Vincent

quinta-feira, 28 de julho de 2011
Um homem preso nas virtudes da sua juventude aos 32 anos, um tanto quanto sem muitas aventuras, noivo de Katherine, amor de tempos de saudade e pouca idade, com quem divide a vida e os finais da tarde, enquanto por dentro sofre com sua ansiedade, de escapar da própria prisão, uma vida quieta e parada que mesmo ao lado de quem ama não reflete a sua mocidade, sonha com os planos do destino e tem pesadelos com os blues da antiguidade.

Vive seus dias olhando o tempo passar, com raríssimas exceções onde sai da sua bolha de "bem-estar", não que não tenha amigos, apenas sente que em todo seu ser só um pouco foi vivido e é então, desiludido, feito a acreditar que um dia isso passe do sonhar. "Vincent, amigo, saia para dançar"

E o fez, perdeu-se de si numa noite que não se lembra e, ao mesmo tempo, não consegue esquecer, que dizem ter passado num bar, da aparição da lua até seu desaparecer, quando acordou onde não deveria com uma garota que metade da sua idade tinha.
Agora, não que ele não prestasse, não que não fosse se arrepender, apenas exerceu aquilo que seu espírito por anos tentou lhe dizer, óbviamente foi longe até não mais se poder avistar, só que essa menina ao seu lado teria um mundo próprio a lhe mostrar.

Não sabia o que fazer, não queria dela se livrar, a menina representava algo mais profundo que uma noite, era de seu ser o lado livre do viver, uma menção deveras honrosa para a extensão da palavra "poder", onde ele agora podia escolher aonde iria passar sua vida.
Vincent exala ansiedade, quando a jovem se levantou da cama e com a calma de sua jovialidade o contou, de que a noite passada haviam dividido o amor, entre uma cantada num bar e uma madrugada agitada, ambos experimentavam então os frutos de uma árvore recém-plantada.

E ele congelou quando voltou para sua casa, pois ela não lhe escapava a cabeça e seu nome nela ecoava já que, para sua surpresa, Catherine a menina se chamava.
Sua noiva não chegaria tão cedo a saber, pois nos dias que se passaram sequer notou como vincent corroía seu próprio ser, a mulher tão séria e sensata era como uma estante pesada, imóvel por um homem com espírito de garoto.
Embora Katherine fosse sabida do que desejava da vida, pressionava Vincent ao casamento do iníco ao fim do dia, sonhos que não tem donos, tanto dele quanto dela, embora enquanto ela dormia, ele suava pois dia algum conseguia superar aquele trauma.

Tinha em mente que se não sua consciência, a vida trataria de o obrigar a escolher.
Mas no fundo, de um lado ou de outro, a paz reinava, mesmo que o homem não soubesse, a felicidade o esperava, grande ou pequena, escolhesse ele a diversão ou a seriedade, na vida para tudo havia oportunidade.

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