Catherine

segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Luz do luar, som do andar, pessoas a passear, luzes a brilhar, instantes fixos em momentos, onde o sol brilha por entre a noite se insinuando com um caminhar lento, suntuoso, quase vulgar, como o daquela linda jovem, loira, numa noite a se lembrar.

Vinte e dois anos da mais pura excelência, fosse no caminhar, no respirar, no viver ou no falar, de nada ela poderia reclamar. Sem arrependimentos, sem oportunidades perdidas, assim era sua existência, como se em tudo houvesse de colocar um pouquinho de pimenta.
O amarelo dos seus cabelos competia com o brilhar de seus adornos, embora estes custassem a competir com brilho tão esplêndido, não havia jóia no planeta que lhe ofuscasse a presença, Catherine se chamava e sua profissão era dos homens exigir clemência.

Não era de poupar, não era de recusar, se por algo era conhecida era justamente por tudo tirar da vida, jovem, sucinta, direta, Catherine não media esforços para chegar onde queria, não baixava a cabeça quando caía, seu dom era ser forte, comandar e ser comandada sempre com um propósito em mente, era a aventura sonhada por todos, diversão, descompromisso, carinho.

Pois quando cruzou, em vários sentidos, com aquele homem que estava a beber no recinto, sabia que nada mudaria, sua expressão continuava a de sempre, alegre, feliz, impetuosa. Não era fácil, não era uma qualquer, apenas dos limões fazia tortas. Se entregou de corpo e acabou por esquecer sua alma na cabeceira da cama, conforme aquele rapaz, quase senhor, lhe roubara mais que beijos e carícias, de Catherine havia tirado um pedaço do coração, não que isso lhe preocupasse. Fosse o primeiro ou o último, ela sempre tinha um jeitinho de correr atrás e recuperá-los.

Talvez fosse a loira alguém relativamente nova na existência mas com certeza dela havia tirado muita inteligência, sabia onde pisar e quando desviar, sabia a diferença entre buracos e pedras em seu caminho, ora só, sabia até dar seta e mudar de pista, passou sem sufoco pelos testes da direção, fosse aproximar, parar, sair ou retornar, Catherine tinha certeza que constava em seu paladar.
Decidiu que ainda não era hora de deixá-lo ir, afinal, não se deve desprezar tanta paixão em tão pouco tempo. O encontrou, o seguiu, quase chegou à sua casa! Parecia estar perseguindo o pobre homem, embora seu coração que chamasse por seu nome.

E Catherine, como toda boa e velha liberdade, teria de abrir mão de algumas regalias para poder dizer que, na vida, amou de verdade.

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