Apenas mais uma de amor.

domingo, 5 de junho de 2011
Vindo do nada, no meio da estrada, silhueta que chama a atenção, paraliza o coração, uma bobagem que lembra o sol quente do verão, sabe como é, sem intenção, sem norte, leste, oeste, direção.

E aí você vê, aquele grão miúdinho crescer, uma plantinha carnívora te fazendo mosquito, sem nada demais, sem razões, intenções, desculpas ou reclamações. Sem obstáculos ou complicações.
É óbvio que ela vai te devorar mas, tão atraente quanto é, quem não iria desejá-la como estrela?

Num brilho intenso que vem do luar, a noite se ilumina com uma dança inocente, quase incoerente, foge da realidade, vira divindade, insensatez da visão, caminho inquieto pra longe da noção.
Coisa da sua aparição, vontade de apertar sua mão, mudar de pessoa na narrativa de uma ação, inspiração.

Se entregar naquele luminoso olhar, um âmbar de se admirar, penetra, intimida, envergonha de tão belo que se faz, irresistível, fulgaz. E faz com que seja tão mais difícil focar o olhar sem o rosto corar, indiferente ao que se diz ou se pensa, mas torna também tão mais fácil esconder, deixar-se subentender essa possível fraqueza do início da paixão.

Mas se tudo der errado na hora do amanhecer, vamos sobreviver, certo ou errado, é fruto da cabeça, da incerteza, da correnteza.
E se tiver que ser, será. Se tiver que morrer, morrerá.
A matéria vai, a forma fica, como uma idéia que não tem a menor obrigação de acontecer.

http://www.youtube.com/watch?v=wuQe_9XlK4E

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