Red Arremer

sexta-feira, 29 de abril de 2011
De uma frestinha na minha janela, passo noites a imaginar, quais as cores dessas vermelhas estrelas que só eu meu pensamento conseguem brilhar.
Com os olhos fechados a luz toma forma, o espirito repousa, e você, rápida, astuta, como raposa.
Um tom de laranja que se mistura ao branco, uma vontade pacífica de ser única, uma sensação estranha que confirma sua situação um tanto quanto pública.

Essa indiscrição dos eu olhar, esse repúdio ao meu modo de pensar, essa falta de algo mais sentir, fatores que testam minha vontade de decidir.
Fruto de uma deliciosa loucura, filha de uma amrga solidão, ainda que, alegre, do seu próprio jeitinho inebriante.

Esvaindo-se vão as palavras, fundidas em expressões tão vastas quanto o mar, perdidas em seus cabelos, tão vistosos, tão dolorosos, cheios de luz, mera ilusão, truque de ótica, falsa solução, bênção ao olhar, malogro ao coração.
SOS Solidão.

Nota-se, com distinção, o valor das coisas ao seu olhar, sempre em vão, dotado de um vazio enigmático, fruto de uma frustração partilhada, mais do meu observar que do seu estar, sentimento impresso com a força da ação, uma falha dedução.
Um gostinho amargo do errar, do desprezar, de te procurar pela cidade para descobrir esa surreal indiferença, ou até mesmo, ignorância, como um damasco feito de importância.

Restam-me os cantos, não para esconder-me mas para relaxar, desconectar do mundo, da pessoa, do "eu",por assim dizer e, enfim, "viver" aquilo que o espírito acorda para me trazer.
Uma rosa, vermelha como seu cabelo, frágil como sua pele, amarga como seu ser, bonita de se ver, doentia ao se tocar, triste ao se viver, linda ao se sonhar.

Ferida que não dói, mas demora a cicatrizar, se expande a cada dia, queima a cada noite, ferida, gostosa de se ter, feia de se ver.
Lembrança ruim de um esperança feliz.

http://www.youtube.com/watch?v=Oy24D_ZY04o

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